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Maduro inicia operação militar de 'resistência' ante presença dos EUA no Caribe

O número de tropas não foi especificado

AFP

Publicado: 11/09/2025 às 16:52

Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro /MARCELO GARCIA / Venezuelan Presidency / AFP

Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro (MARCELO GARCIA / Venezuelan Presidency / AFP)

A Venezuela ativou, na madrugada desta quinta-feira (11), uma operação militar de "resistência" diante do que classificou como uma "ameaça" dos Estados Unidos devido à sua mobilização de tropas no Caribe.

O presidente Nicolás Maduro liderou a operação Independência 200 em 284 "frentes de batalha" em todo o país. Ele não especificou o número de tropas.

"Esses mares, essa terra, esses bairros, essas montanhas, essas imensidões e as riquezas dessas terras pertencem ao povo da Venezuela, nunca pertencerão ao império americano, nunca, jamais", disse Maduro em uma comunidade localizada entre Caracas e a cidade costeira de La Guaira.

Nas últimas semanas, os Estados Unidos enviaram oito navios ao sul do Caribe para o que definiram como manobras contra o tráfico de drogas internacional. Não foi anunciada oficialmente uma ação direta contra a Venezuela, embora Maduro denuncie um "cerco".

"Este povo não está órfão, este povo não está sozinho", afirmou Maduro, em um evento transmitido pela televisão. "Se tivermos que voltar a combater, combateremos pela liberdade da nossa grande pátria".

"Toda a força militar da nossa Força Armada Nacional Bolivariana e sua capacidade de fogo (está) ocupando posições, fixando posições, defendendo posições, fixando planos", acrescentou o governante.

A situação escalou depois que forças americanas destruíram um barco com um míssil e mataram 11 "narcoterroristas", nas palavras do presidente Donald Trump, que haviam partido da costa venezuelana.

O ministro do Interior, Diosdado Cabello, reiterou na véspera que nenhum dos falecidos pertence à gangue Tren de Aragua, como afirmou Washington.

A Venezuela sobrevoou um dos navios americanos com um caça. Trump ameaçou derrubar qualquer ameaça e enviou poder aéreo a Porto Rico.

Maduro moderou o tom e chamou ao diálogo na semana passada. Antes, ele havia convocado os cidadãos a se alistarem na Milícia Bolivariana, um corpo militar composto por civis com alta carga ideológica.

"A Venezuela não agride ninguém, mas não aceita ameaças de agressão", declarou ao dar a ordem de início a "esta operação dentro do conceito de defesa integral da nação, dentro do conceito de resistência ativa do povo e dentro do conceito de uma ofensiva permanente de todo o país".

O desdobramento inclui instalações petrolíferas, de serviços públicos, aeroportos e pontos de fronteira e costeiros, disse o ministro da Defesa, Vladimir Padrino.

"Temos implementado meios de defesa aérea", indicou em uma transmissão posterior. "Temos desconcentrado os meios aéreos (...), também os meios navais para formar barreiras e designar zonas de patrulha (...) e estamos posicionando também a artilharia de campo, assim como a artilharia estratégica."

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