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PEC DA BLINDAGEM

Deputado Pedro Campos diz que errou ao orientar bancada do PSB a votar na PEC da Blindagem

O parlamentar informou que está entrando com mandato de segurança no STF para tentar anular as decisões tomadas pela maioria dos deputados

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Publicado: 18/09/2025 às 16:57

Líder da bancada do PSB, Pedro Campos/Reprodução

Líder da bancada do PSB, Pedro Campos (Reprodução)

A aprovação da PEC da Blindagem na Câmara Federal rendeu muitas críticas aos deputados pernambucanos que votaram a favor, entre os quais o líder da bancada do PSB, Pedro Campos. Nesta quinta-feira (18), ele admitiu que errou na orientação, argumentando que fazia parte das negociações para derrotar o Projeto de Lei da Anistia. No entanto, tanto a PEC quanto a tramitação em regime de urgência da anistia foram aprovados.

Arrependido, Pedro Campos informou que está entrando com mandato de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar anular as decisões tomadas pela maioria dos deputados. Inclusive a manobra que garantiu uma nova votação para aprovar o voto secreto. O deputado recorreu às redes sociais para se desculpar junto aos eleitores.

“Nos últimos dias, recebi muitas mensagens de várias pessoas me perguntando sobre a PEC da Blindagem. Nas últimas semanas, os partidos apresentaram uma PEC que tinha versões diferentes. Primeiro, sempre existiu o risco de um projeto que aumentasse a presença de bandidos na política. E, segundo, uma aliança entre o centro e o PL para fazer avançar a anistia. Diante disso, nós do campo progressista tínhamos duas posições possíveis”, relatou Campos.

De acordo com o líder do PSB, havia a alternativa de não discutir nenhum texto da PEC e arriscar que a anistia passasse e ainda houvesse boicote às pautas do interesse do Governo Federal, principalmente a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil e a ampliação da tarifa social de energia.

“A segunda posição era discutir o texto da PEC, tentar tirar os maiores absurdos que estavam contidos, buscar o caminho para barrar a anistia e fazer avançar as pautas populares. Parte dos líderes do campo progressista preferiu discutir a PEC. Conseguimos retirar que a Polícia Federal precisar de autorização para investigar parlamentares ou fazer busca e apreensão. Além disso, caminhávamos para derrotar a anistia”, contou.

De acordo com Pedro Campos, a discussão sobre o adiamento, a rejeição ao voto secreto e ao foro privilegiado para presidentes nacionais de partidos estava ocorrendo, quando teve início a votação no plenário da Câmara.

“Eu, junto com a maioria votamos a favor. Foi uma tentativa de derrotar a anistia e que a pauta do Governo e da população avançasse. Nós sabemos o que aconteceu depois. A PEC passou de uma forma como não queríamos, inclusive, com a manobra para voltar o voto secreto que já tínhamos derrotado em votação. Tenho a humildade de reconhecer que não tomamos o melhor caminho e saímos derrotados”, admitiu o líder socialista.

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