Seleção Brasileira
COLUNA BETO LAGO

Beto Lago: 'Ancelotti chegou para trazer confiança, clareza e competitividade para a Seleção'

A Seleção Brasileira entra em campo nesta sexta-feira (10), onde enfrenta a Coreia do Sul, no Estádio da Copa do Mundo, em Seul

Beto Lago

Publicado: 09/10/2025 às 08:25

Carlo Ancelotti, técnico da Seleção Brasileira/Rafael Ribeiro/CBF

Carlo Ancelotti, técnico da Seleção Brasileira (Rafael Ribeiro/CBF)

Ciclo de afirmação
A Seleção Brasileira deixa de lado os adversários das Eliminatórias Sul-Americana para encarar outras escolas do futebol mundial. Amanhã e terça, a Canarinha tem pela frente os asiáticos, com duelos contra Coreia do Sul e Japão. Em novembro, os adversários serão africanos, com a CBF provavelmente escolhendo Senegal e Tunísia. Mas, afinal, para que servem esses jogos? Os quatro compromissos foram pensados pelo próprio técnico Carlo Ancelotti, que deseja encarar adversários mais organizados, de intensidade alta e que costumam complicar contra seleções que teoricamente são superiores. Em teoria, são as últimas aparições da Seleção antes da Copa do Mundo de 2026 – devemos ter, ainda, três ou quatro jogos amistoso antes do Mundial. Portanto, a função principal é dar continuidade ao modelo de jogo e reforçar uma identidade que ainda está em construção. O Brasil viveu um longo período de transição, sem padrão e sem convicção tática. Ancelotti chegou para devolver exatamente isso: confiança, clareza e competitividade. Quando o técnico diz que “não são testes, mas jogos para ganhar, jogar bem e dar esperança ao torcedor”, há uma mensagem direta e simbólica. Ele não quer mais a Seleção em clima de laboratório, como foi comum nos últimos ciclos. Quer um time que se veja como protagonista. Que entenda cada amistoso como parte de uma jornada de reconstrução da credibilidade. O torcedor brasileiro cansou de experiências, listas provisórias e discursos vazios. Ancelotti tenta resgatar o senso de grandeza e responsabilidade que sempre acompanhou a camisa amarela.


Perfil de liderança é importante
Outro ponto importante é o perfil de liderança de Ancelotti. Diferente de muitos técnicos europeus, ele se aproxima dos jogadores, compreende suas personalidades e cria um ambiente de confiança. É um treinador de vestiário, respeitado por craques e jovens, capaz de extrair o máximo sem recorrer à rigidez. Essa postura tem sido fundamental para reaproximar o elenco da Seleção e, sobretudo, para acalmar os ânimos num momento de pressão.


Recuperar o prestígio da Seleção
O Brasil ainda está longe da perfeição: falta constância, ajustes defensivos e melhor ocupação de espaço no meio-campo. Mas com Ancelotti, há algo que parecia perdido: a sensação de que existe um comando técnico sólido, com propósito e convicção. Esses amistosos contra asiáticos e africados, portanto, valem mais do que o placar: são ensaios de uma Seleção que tenta voltar a ser temida e respeitada. Se o discurso do treinador se confirmar em campo, o torcedor pode enfim começar a acreditar que o Brasil reencontrou o rumo.

Nova derrota, velhos erros
Diferente da postura de entrega e organização diante do Cruzeiro, o Sport voltou a ser apático e ineficiente contra o Atlético/MG. As falhas individuais, que já viraram rotina, voltaram a pesar, especialmente no primeiro tempo, quando o Galo abriu 2x0 com facilidade. Mais uma vez, o goleiro Gabriel evitou um vexame maior. Na etapa final, com as mudanças, o time até criou, mas seguiu desconectado e, em novo contra-ataque, sofreu um gol bisonho. O gol de Derik, de pênalti, não animou o torcedor. Mais uma derrota para a conta e o drama rubro-negro só aumenta. Com 16 pontos, o Sport tem hoje a metade da pontuação do Internacional, 15° colocado. Decepcionante.

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