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De favorito a dúvida: cadê o futebol do Santa Cruz?

O Santa Cruz que empolgou no primeiro turno da Série D vive queda brusca de rendimento e preocupa torcedores às vésperas do mata-mata

Paulo Mota

Publicado: 21/07/2025 às 10:48

Jogador Thiago Galhardo/Rafael Vieira

Jogador Thiago Galhardo (Rafael Vieira)

A pergunta que ecoa entre os tricolores é uma só: cadê o futebol do Santa Cruz? A equipe coral que encantou no primeiro turno da Série D, com campanha dominante e defesa quase intransponível, hoje parece irreconhecível. A vaga na próxima fase foi conquistada com antecedência, é verdade, mas o desempenho recente está longe de inspirar confiança.

Nas seis partidas disputadas no returno até aqui, o Santa Cruz somou apenas cinco pontos. Foram três derrotas, dois empates e apenas uma vitória, o que representa um aproveitamento de 27,8%, contra os impressionantes 83,3% registrados no início da competição. A queda de rendimento não é apenas estatística: é visível em campo, com uma equipe desorganizada, sem intensidade e pouco criativa.

Defesa desmoronando
Se antes o Tricolor do Arruda era elogiado pela consistência defensiva, hoje o setor preocupa. A equipe coral sofreu apenas três gols nas sete primeiras rodadas, mas já levou sete nos últimos seis jogos. O goleiro Felipe Alves passou a cometer falhas, enquanto as laterais viraram pontos vulneráveis. Toty e Yuri Ferraz não se firmaram na direita após a saída de Israel. Do outro lado, Nathan assumiu a titularidade, mas não conseguiu dar a segurança esperada.

Ataque inofensivo
Nos últimos quatro jogos, o ataque coral balançou as redes apenas uma vez. Jogadores como Geovany Soares, Thiaguinho e Willian Júnior estão em má fase e perderam espaço. Thiago Galhardo, principal nome ofensivo, ainda não mostrou o protagonismo que se esperava. E os recém-chegados, como Renato, tampouco ofereceram solução.

Técnico na berlinda
Marcelo Cabo, que começou o trabalho com respaldo e bons resultados, agora enfrenta críticas crescentes. As alterações feitas durante as partidas têm pouco efeito, e a insistência em nomes que não estão rendendo levanta suspeitas sobre a falta de repertório tático. O time parece sem alternativas, sem intensidade e, acima de tudo, sem identidade.

O que vem pela frente?
O Santa Cruz ainda tem mais um jogo na fase de grupos, mas já está classificado para o mata-mata. E é justamente esse o ponto de preocupação: o formato eliminatório exige regularidade, foco e desempenho. A versão atual do Santa Cruz não entrega nada disso. Se a queda não for freada imediatamente, o sonho do acesso pode terminar mais cedo do que o esperado.

 

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