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COLUNA BETO LAGO

Beto Lago: 'Quem chega mais forte no Pernambucano 2026?'

O Pernambucano 2026 tem início no dia 11 de janeiro e encerramento em 8 de março

Beto Lago

Publicado: 02/12/2025 às 08:00

Bola do Campeonato Pernambucano de 2026/ Rafael Vieira/ FPF

Bola do Campeonato Pernambucano de 2026 ( Rafael Vieira/ FPF)

Quem vem forte?
Arbitral aprovado, fórmula definida. Agora, vem a pergunta: quem chega mais forte no Pernambucano de 2026? E, como de costume no nosso futebol, a resposta não é simples. Olhando para a reta final da temporada, Náutico e Santa Cruz caminham com passos firmes, enquanto o Sport tropeça nas próprias sombras dos seus erros, com problemas internos graves e que afetam o desempenho nos gramados. A turbulência rubro-negra influencia desempenho, planejamento e até a motivação de quem ainda veste a camisa. Com eleição prevista para o dia 15, o clube segue em dúvida sobre qual será o planejamento para o futebol da próxima temporada. O risco é deixar que contratações e/ou renovações passem pelas mãos de quem fracassou. Um absurdo. O relógio corre contra o tempo e o Leão deveria ter começado já um bom tempo esse trabalho. Com certeza, inicia o Estadual como uma grande incógnita para a crônica esportiva e, principalmente, para seu torcedor.

A manutenção é a força do Timbu
O Náutico inicia 2026 fazendo algo raro no futebol pernambucano: preservando convicções. Mantém o presidente e, sobretudo, o técnico. A continuidade de Hélio dos Anjos coloca o Timbu em vantagem técnica sobre os rivais. Mas isso não significa conforto. O elenco precisa de boa reforma. Porém, existem fantasmas nos Aflitos. A parte financeira deste ano precisa ser solucionada e para contratar, precisa ter mais recursos. Bruno Becker terá de equilibrar a ousadia da montagem do elenco com a responsabilidade financeira. Se entrar no novo ano carregando dívidas, a conta chega e costuma ser cruel.

O futuro promete, o presente cobra
No Arruda, a maior contratação não entrou em campo. Mesmo aprovada, a SAF só assume o controle a partir de abril. Até lá, Bruno Rodrigues precisa administrar um clube que vive expectativa, ansiedade e cobranças. O Santa terá mais competições, que garante reforço no caixa e subida no ranking. A decisão pela permanência de Marcelo Cabo foi consenso entre os investidores. Eu não seguiria. Mas a favor do treinador está o conhecimento do elenco, da casa e da realidade financeira. Isso pode acelerar processos, desde que receba peças à altura e a SAF comece a participar do processo, antes da assinatura final.

E o que esperar dos demais?
O Retrô viveu em 2025 o primeiro grande tombo da sua história. E doeu. A queda expôs falhas na montagem do elenco e na condução do projeto. Laércio Guerra tem a chance de mostrar que aprendeu com os tropeços. Já os demais (Maguary, Decisão, Jaguar e Vitória) seguem o roteiro habitual do Estadual: podem surpreender em uma noite iluminada, roubar pontos de um grande desatento e até beliscar uma vaga de semifinal. Mas nada além disso. Para surgir um novo Salgueiro, é preciso mais do que vontade: é investimento pesado, anos de estrutura e um projeto esportivo que não se desmanche ao primeiro vento. Hoje, ninguém consegue entregar esse pacote.

 

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