Proposta da FPF de Pernambucano unificado será abordada em reunião nesta sexta-feira (25)
Segundo Evandro Carvalho, presidente da FPF, o modelo de competição será definido pelos próprios clubes
Publicado: 24/07/2025 às 19:08

Evandro Carvalho, presidente da Federação Pernambucana de Futebol (Rafael Vieira / FPF)
O Campeonato Pernambucano poderá passar por uma mudança relevante. A Federação Pernambucana de Futebol busca transformar em divisão única a disputa estadual, encerrando as Série A2 e A3. A proposta será abordada em reunião nesta sexta-feira (25), que contará com a presença dos clubes de todas as divisões do Pernambucano.
No modelo proposto pela FPF, as quatro equipes melhores ranqueadas no estado – Sport, Náutico, Santa Cruz e Retrô – seriam separadas e todas as demais equipes disputariam a primeira parte da competição. Os quatro melhores times se juntariam aos quatro mais bem posicionados e disputariam o segundo turno do Estadual, definindo as vagas nacionais do ano seguinte e o campeão.
A expectativa é de que na reunião desta sexta-feira possa ter decisões mais concretas sobre o futuro do Campeonato Estadual. Em contato com a reportagem do Diario de Pernambuco, o presidente da FPF, Evandro Carvalho, falou sobre a proposta da federação e ressaltou que a decisão sobre o formato cabe exclusivamente aos clubes, que decidirão sobre o tema.
“Essa é a nossa ideia. Agora, a federação não vota nem tem poder de veto, só os clubes podem decidir. Na primeira reunião que eu fiz, os clubes decidiram da unificação da Série A2 e Série A3, mas não tem ainda uma posição formada sobre essa questão da unificação, de reunir todo mundo. Nós vamos discutir de novo isso e pode ser aprovado para esse ano, como para o próximo ano ou ano posterior. Como também pode não ser aprovado, os clubes podem dizer que não”, explicou Evandro Carvalho.
O mandatário também explicou os motivos para essa proposta da Federação Pernambucana. Segundo Evandro, o formato atual do Campeonato Pernambucano sofre com a falta disponibilidade de datas e as divisões inferiores, A2 e A3, não tem apelo mercadológico para se manter financeiramente.
“Nós temos hoje uma dificuldade muito grande de datas. Por exemplo, os estados da Bahia, Ceará, Maranhão, Piauí… possuem 11 datas para fazer o estadual, Pernambuco só possui nove datas. A rigor, pernambucano teria nove datas para fazer o campeonato, mesmo assim, a gente conseguiu para fazer em 10 datas, ou seja, nós jamais podemos ultrapassar esse limite”, iniciou o presidente.
“Nós fizemos uma experiência de mercado que foi criar a Série A3, para ver se a gente abriria um segmento de mercado, muito simples e que gerasse algum investimento das empresas locais nos clubes dos municípios. Mas o que foi comprovado, por experiência nossa e pelas empresas de auditoria que contratamos, é que Pernambucano só tem espaço para a Série A1 em termos mercadológicos”, completou.

