Haddad comemora aprovação do PL do IR no Senado e cita justiça tributária
Ministro parabenizou o Congresso Nacional pela aprovação do texto e disse que não haverá qualquer impedimento para a sanção integral do texto
Raphael Pati - Correio Braziliense
Publicado: 05/11/2025 às 19:57
Ministro diz que Trump tenta impor uma solução "constitucionalmente impossível" ao Brasil, com interferência do Poder Executivo no Judiciário (Washington Costa/MF)
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comemorou a aprovação do Projeto de Lei 1.087/2025, que isenta os contribuintes que recebem até R$ 5 mil de pagarem o Imposto de Renda (IR). O chefe da pasta voltou a comentar sobre a importância da pauta do ponto de vista de justiça social e parabenizou a equipe econômica e o Congresso Nacional pela aprovação do texto.
“Eu acho que foi realmente um dia muito importante para o país voltar os olhos para essa questão que é a questão da desigualdade, dar notícia para as famílias brasileiras e na sua ampla maioria de que, a partir de 1º de janeiro do ano que vem, elas ficam isentas de imposto e renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês”, disse Haddad, na noite desta quarta-feira (5/11), em entrevista a jornalistas.
O projeto da isenção do IR foi aprovado por unanimidade em votação simbólica no Senado. Os três destaques do senador Carlos Portinho (PL) foram retirados da pauta logo antes do início da votação. Com isso, o texto-base foi aprovado na íntegra e segue para a sanção presidencial, onde não deve haver nenhuma revisão por parte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como adiantou o ministro.
O projeto também isenta parcialmente os contribuintes que recebem até R$ 7.350 por mês, por meio de uma escala progressiva, e compensa a perda de arrecadação pelo aumento da tributação para os brasileiros que recebem a partir de R$ 600 mil por ano.
“Está havendo uma compensação que também é justa, que também torna o Brasil menos desigual, que também aponta para a direção correta de buscar mais justiça social por meio de justiça tributária, fazendo com que o Estado seja um promotor do bem-estar. Isso também vai ter impacto na economia como um todo”, acrescentou o titular da Fazenda.
Sobre a possibilidade de a aprovação do texto aumentar a popularidade de Lula em vistas à reeleição em 2026, o ministro destacou que o projeto era uma promessa de campanha do presidente e afirmou que o projeto só foi para o Congresso Nacional quando a equipe econômica tinha segurança "de que o projeto era sustentável do ponto de vista fiscal.”
“Então, na verdade, eu penso que é mais olhando para a ousadia do presidente de colocar na pauta um projeto de justiça social, me honra muito ter ajudado a cumprir uma promessa tão importante. Tenho certeza que ele deve estar em Belém recebendo a notícia e deve estar comemorando com o povo do Pará essa novidade no cenário político nacional”, concluiu.
Confira as informações no Correio Braziliense.