Valor da cesta básica cai -2,10% em setembro no Recife; no ano, a cidade tem a maior alta do país
De acordo com dados do Dieese, o custo médio da cesta básica no Recife ficou em R$ 615,95, a sexta mais barata entre as capitais analisadas
Publicado: 08/10/2025 às 20:32

Apesar de ter as maiores altas, com a queda registrada em setembro (-2,10%), o conjunto de alimentos básicos na capital ainda é o sexto mais barato entre as capitais pesquisadas pelo Dieese (Foto: Valter Campanato - Agência Brasil)
O valor da cesta básica no Recife apresentou uma redução de -2,10%, ficando em R$ 615,95. Porém, em 12 meses, a capital pernambucana registrou alta de 15,06%, a mais elevada do país. Os dados foram divulgados na Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, nesta quarta-feira (8), pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Apesar de ter as maiores altas, com a queda registrada em setembro (-2,10%), o conjunto de alimentos básicos na capital ainda é o sexto mais barato entre as capitais pesquisadas pelo Dieese.
Em setembro, dez dos 12 itens avaliados tiveram redução na capital pernambucana. O destaque foi o tomate, com redução de mais de 10% (-10,69%). Manteiga (-3,88%), arroz agulhinha (-2,94%), banana (-2,66%), feijão carioca (-2,61%), leite integral (-1,37%), açúcar cristal (-1,14%), pão francês (-0,71%), café em pó (-0,67%) e farinha de mandioca (-0,52%) completam a lista de itens com variação negativa no estado. Por outro lado, tiveram elevação no preço médio a carne bovina de primeira (0,96%) e o óleo de soja (0,44%).
No acumulado do ano, entre dezembro de 2024 e setembro de 2025, quando a cesta básica no Recife subiu 15,06 %, seis produtos registraram alta: café em pó (45,51%), banana (35,15%), tomate (21,11%), manteiga (5,38%), pão francês (4,94%) e carne bovina de primeira (0,40%). Já os alimentos que apresentaram queda nos valores médios foram: arroz agulhinha (-25,70%), leite integral (-11,93%), feijão carioca (-9,19%), óleo de soja (-7,03%), açúcar cristal (-5,45%) e farinha de mandioca (-4,77%).
Já no acumulado dos últimos 12 meses, quando a alta da cesta básica foi de 4,69%, foram registradas elevações nos preços de sete dos 12 produtos: tomate (89,33%), café em pó (55,55%), banana (37,57%), carne bovina de primeira (21,69%), óleo de soja (20,32%), pão francês (4,32%) e manteiga (0,60%). Apresentaram redução nos preços médios o arroz agulhinha (-26,63%), feijão carioca (-15,37%), farinha de mandioca (-13,06%), açúcar cristal (-8,82%), leite integral (-5,88%).
Cesta básica x salário mínimo
Segundo o levantamento do Dieese, em setembro, o trabalhador de Recife, remunerado pelo salário mínimo de R$ 1.518,00, precisou trabalhar 89 horas e 16 minutos para adquirir a cesta básica.
Já no mês de agosto, o tempo de trabalho necessário havia sido de 91 horas e 11 minutos.
Em setembro de 2024, quando o salário mínimo era de R$ 1.412,00, o tempo de trabalho necessário ficou em 83 horas e 25 minutos.
Brasil
O valor do conjunto dos alimentos básicos diminuiu em 22 das 27 capitais. Na passagem de agosto para setembro, as maiores quedas ocorreram em Fortaleza (-6,31%), Palmas (-5,91%), Rio Branco (-3,16%), São Luís (-3,15%) e Teresina (-2,63%). Entre as cidades com elevação do valor da cesta, o Campo Grande apresentou a maior alta (1,55%).
Em relação ao valor, São Paulo foi a capital onde a cesta básica apresentou o maior custo (R$ 842,26), seguida por Porto Alegre (R$ 811,44), Florianópolis (R$ 811,07) e Rio de Janeiro (R$ 799,22). Já os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 552,65), Maceió (R$ 593,17), Salvador (R$ 601,74), Natal (R$ 610,27) e João Pessoa (R$ 610,93).

