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Agricultura

Agricultores relatam desafios para escoar produção em Pernambuco

Produtores de 113 municípios participam da 2ª edição da Feneaf, que começou nesta quarta-feira (10)

Thatiany Lucena

Publicado: 10/09/2025 às 22:41

Mais de 25 mil pessoas devem passar pela 2ª edição da Fenaf
/Foto: Thatiany Lucena/DP

Mais de 25 mil pessoas devem passar pela 2ª edição da Fenaf (Foto: Thatiany Lucena/DP)

A 2ª edição da Feira de Negócios da Agricultura Familiar de Pernambuco (Feneaf) começou quarta-feira (10), na sede do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), no bairro do Bongi, no Recife. Durante a abertura do evento, que acontece até o domingo (14), alguns agricultores do estado relataram os desafios de escoar os produtos no estado. Cerca de 25 mil pessoas devem passar pela feira neste ano.

Reginaldo do Carmo Silva e a esposa Gercina da Silva, agricultores do Cabo de Santo Agostinho, participam pela primeira vez da Feneaf. Segundo o produtor, que cultiva frutas como banana, cacau, açaí, cajá e cupuaçu em seu sítio próprio no município, um dos principais desafios para o agricultor no estado é o escoamento da produção.

“É um desafio porque a gente não tem incentivo. Estamos lutando pela sobrevivência. Por exemplo, esse cacau, o vizinho lá estava perdendo, mas eu trouxe para vender aqui na feira. Às vezes a gente tem uma produção grande, mas não temos como transportar”, desabafou o agricultor. Ele também pediu atenção e o incentivo financeiro maior do governo e das instituições públicas aos agricultores familiares do estado.

Luana Menezes, produtora do distrito de Bonança, no município de Moreno, é uma das fundadoras da Associação de Mulheres Rurais do município, que foi lançada oficialmente na feira. Ela conta que a ideia de fundar o grupo partiu do desejo de unir as mulheres agricultoras da região. O projeto, que já reúne 14 agricultoras, além de fortalecer o trabalho, também é uma fonte de inspiração para a criação de novos produtos, diante da dificuldade de escoar produções.

 

“O objetivo do grupo é incentivar as mulheres a continuar produzindo e plantando. É importante a gente fazer também o beneficiamento dos produtos. Com isso, elas podem gerar renda e também ensinar aos seus familiares”, destacou Luana. Ela deu o exemplo do uso do limão para a produção de novos produtos, como forma de aproveitar a forte produção dele na região.

Luana participa da feira junto com a sua amiga, produtora da mesma região, Rosângela Martins. Entre os principais produtos vendidos por elas na feira estão o doce da casca do limão com doce de queijo, além de geleia do limão, casquinha de laranja e limão cristalizado. Os produtos originados do limão cultivado por elas na região custam em média R$ 10.

 

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