Compesa inicia instalação de complexo de energia solar para autoprodução de energia
Complexo Solar Colinar deve gerar 2 mil empregos e viabilizar que 70% do consumo da companhia venha de fontes limpas até 2026
Publicado: 25/08/2025 às 21:48

De acordo com a Compesa, o desenvolvimento do projeto deve gerar cerca de dois mil empregos, sendo 800 diretos e 1.200 indiretos, em atividades como instalação, manutenção e serviços especializados (Foto: Divulgação)
A Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) deve se transformar em uma das maiores produtoras de energia solar de Pernambuco, sendo mais uma etapa para a transição energética no estado. Na última sexta-feira (22), foi lançada a pedra fundamental do Complexo Solar Colinas, em Garanhuns, no Agreste, pela governadora Raquel Lyra. Com o investimento de R$ 268 milhões, o projeto é resultado da Parceria Público-Privada junto às empresas Kroma Energia e Elétron Energy.
Com previsão de início de operação em maio de 2026, o complexo integra as Usinas Fotovoltaicas (UFVs) Colinas 1 e 2, que terão capacidade instalada de 104,18 MWp (megawatt-pico), com a produção de energia suficiente para garantir que, até 2026, 70% do consumo da Compesa venha de fontes renováveis.
De acordo com a Compesa, o desenvolvimento do projeto deve gerar cerca de dois mil empregos, sendo 800 diretos e 1.200 indiretos, em atividades como instalação, manutenção e serviços especializados.
Durante o evento, Raquel Lyra destacou a importância da iniciativa. "Esse investimento aponta para a Compesa do futuro, uma companhia que vai precisar ser ágil, eficiente e que consiga produzir energia limpa, dialogando com o meio ambiente e a sustentabilidade", disse.
Estrutura do Complexo Solar Colinas
O Complexo Colinas faz parte do Programa Garanhuns Solar e será formado por três usinas solares: Colinas I, II e III. Juntas, elas terão capacidade instalada de 130 MWp, com mais de 200 mil módulos fotovoltaicos e investimento superior a R$ 420 milhões.
As estruturas serão instaladas em uma área de 175 hectares. As Colinas 1 e 2 englobam a segunda parte da Parceria Público-Privada entre Compesa, Kroma e Elétron. Segundo a Compesa, ainda resultado dessa parceria, foram iniciadas em 2024, as operações do Complexo São Pedro e Paulo, em Flores, município do Sertão de Pernambuco, com capacidade de 66 MWp.
O presidente da Compesa, Alex Campos, reforçou a importância do projeto para o estado. "Estamos falando de um ganho econômico e ambiental sem precedentes, que demonstra a importância desse modelo de negócio, onde o privado contribui para acelerar os investimentos públicos", disse.
Além disso, o Complexo contará com uma inovação, o ajuste automático no ângulo dos painéis fotovoltaicos, otimizando a produção de energia, mesmo em condições climáticas adversas. A estrutura solar também utilizará o rastreador Vanguard 1P, certificado pela empresa internacional CPP Wind, com a tecnologia de rastreamento solar por inteligência artificial SuperTrack.
De acordo com o secretário de Recursos Hídricos e Saneamento, Almir Cirilo, a iniciativa é fruto dos esforços do Governo do Estado para equilibrar as contas da companhia e assegurar a continuidade dos investimentos. "A Compesa caminha para a autoprodução de energia e hoje vemos o resultado do esforço realizado para equilibrar as contas da empresa e possibilitar os investimentos que apontam para esse futuro", reforçou.
"O empreendimento é um marco para Pernambuco e para o Brasil e mostra como a boa gestão e a parceria entre governo e setor privado podem superar desafios e mostrar resultados concretos à população. O projeto reforça o papel do estado na transição energética do país", disse o CEO da Kroma, Rodrigo Mello.

