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Agropecuária cresceu 14% em Pernambuco e representou 14% das exportações

No Dia do Produtor Rural, presidente do Sistema Faepe/Senar destaca crescimento do agro em Pernambuco e defende união nacional para combater os impactos do tarifaço

Thatiany Lucena

Publicado: 28/07/2025 às 23:48

Em 2024, agro cresceu 14% em Pernambuco e representou 37% das exportações
/Foto: Comunicação Sistema Faepe/Senar

Em 2024, agro cresceu 14% em Pernambuco e representou 37% das exportações (Foto: Comunicação Sistema Faepe/Senar)

Nesta segunda-feira (28), é celebrado o Dia do Produtor Rural. Em 2024, a agropecuária cresceu 14% e foi responsável por 37% das exportações do estado. De acordo com o presidente do Sistema Faepe/Senar, Pio Guerra, os dados reforçam a importância do papel dos trabalhadores do campo, essencial para que o estado conseguisse fornecer uma cesta básica com os melhores preços do país.

Contudo, Pio Guerra também destaca que, além da celebração, a data acontece em um cenário político e econômico de incertezas e desafios provocados pela proximidade da tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, prevista para entrar em vigor em 1º de agosto. Segundo ele, a barreira comercial deve afetar a cadeia como um todo.

“Vai afetar o produto de insumos de adubo, mesmo que a gente não exporte para os Estados Unidos, questões logísticas, e a economia do estado. O setor de cana-de-açúcar vai sofrer substancialmente e o sucroalcooleiro também, porque tem uns preços diferenciados para os norte-americanos, que vem de acordos internacionais antigos, desde a época da guerra”, aponta.

 

 

Diante dos desafios que o país deve enfrentar com o tarifaço, o presidente do Sistema Faepe/Senar reforça que o diálogo entre os setores pode trazer soluções. “Estamos acompanhando e tentando mobilizar os estados mais dependentes do sistema agropecuário. A Confederação Nacional da Agricultura está integrada com a Frente Parlamentar da Agricultura. Eles estão participando dentro do que seja possível de tentar uma amenização dessa questão toda. O comércio comercial brasileiro é absolutamente dependente da agropecuária”, afirma.

Pio Guerra considera ainda que a classe política é a principal responsável e com poder para tratar sobre o assunto. “Além da instabilidade econômica e política, nossa classe política não está tendo a habilidade para conduzir esse assunto. Esse assunto não podia ter chegado a esse nível de desgaste”, destaca. Ele também aponta para a maior necessidade pela preservação de uma unidade nacional, além de esforços gerais na busca pela estabilidade nacional.

 

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