Deputado Renato Freitas é filmado trocando socos com outro homem em Curitiba
As imagens mostram o parlamentar e um homem, ainda não identificado, enquanto trocam socos.
Publicado: 19/11/2025 às 14:40
Deputado Renato Freitas (PT-PR) é filmado trocando socos com outro homem em Curitiba (Reprodução/Redes Sociais)
O deputado estadual Renato Freitas (PT-PR) foi flagrado na manhã desta quarta-feira (19) em uma briga na Rua Vicente Machado, no centro de Curitiba.
Ainda não há informações sobre o motivo que teria dado início à briga. As imagens registradas por testemunhas, que circulam nas redes sociais, mostram o parlamentar e um homem, ainda não identificado, enquanto trocam socos.
Poucas horas após a divulgação dos vídeos, o vereador curitibano Guilherme Kilter (Novo) protocolou um novo pedido de cassação contra o deputado. O parlamentar já responde a processos no Conselho de Ética da Alep por agredir um assessor e por incitar a invasão do Legislativo durante protesto de professores.
Segundo Kilter, Freitas teria adotado postura agressiva desde o início da confusão, incluindo provocações, golpes e, posteriormente, um movimento semelhante ao chamado “mata-leão”. Para o vereador, o comportamento configura quebra de decoro, em desacordo com o novo Código de Ética e Decoro Parlamentar da Alep, em vigor desde setembro.
Histórico de polêmicas
Desde o início de sua carreira política, Renato Freitas acumula episódios de confronto com colegas e autoridades. Em 2022, como vereador de Curitiba, teve o mandato cassado por quebra de decoro após um ato dentro de uma igreja no centro histórico da cidade. A decisão, no entanto, foi revertida pelo Supremo Tribunal Federal (STF), permitindo sua candidatura para a Assembleia Legislativa, onde foi eleito com 57.880 votos.
Penalidades previstas
O regulamento define punições que vão desde advertências até cassação. Entre as infrações mais graves estão:
- Perda do mandato por agressões físicas, assédio (sexual, moral ou injúria racial), abuso de prerrogativas, recebimento de vantagens indevidas ou reincidência em suspensão.
- Suspensão do mandato (30 a 120 dias, sem salário) por utilizar o cargo para constranger, usar verbas públicas de forma irregular ou fraudar processos legislativos.
- Suspensão de prerrogativas por infrações que afetem a dignidade do mandato.
- Advertências verbais ou escritas por condutas inadequadas nas dependências da Casa ou em discursos.
A Alep ainda não se manifestou oficialmente sobre o caso. O episódio deve ser analisado pelo Conselho de Ética nos próximos dias.