Esquema envolvendo dono da Ultrafarma rendeu mais de R$ 1 bilhão em propina a fiscal, diz MPSP
Fiscal de tributos apontado como o principal operador do esquema de corrupção envolvendo auditores fiscais tributários da Secretaria de Estado da Fazenda recebeu mais de R$ 1 bilhão em propina para favorecer empresas do setor de varejo
Publicado: 12/08/2025 às 11:35

Ministério Público de São Paulo (Divulgação)
Um fiscal de tributos apontado como o principal operador do esquema de corrupção envolvendo auditores fiscais tributários da Secretaria de Estado da Fazenda, alvo de uma operação do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) na manhã desta terça-feira (12), recebeu mais de R$ 1 bilhão em propina para favorecer empresas do setor de varejo, segundo o órgão.
De acordo com a investigação, o fiscal manipulava processos administrativos para facilitar a quitação de créditos tributários às empresas. Em troca, recebia pagamentos mensais de propina por meio de uma empresa registrada em nome de sua mãe. Ele é alvo de um dos três mandados de prisão temporária cumpridos na Operação Ícaro.
Também foram presos dois empresários, sócios de empresas beneficiadas com decisões fiscais irregulares: Sidney Oliveira, dono da Ultrafarma, e um executivo da Fast Shop, rede que comercializa eletrodomésticos e eletrônicos.
Além das prisões, os agentes dão cumprimento a diversos mandados de busca e apreensão em endereços residenciais dos alvos e nas sedes das empresas investigadas.
A operação foi deflagrada por intermédio do Grupo de Atuação Especial de Repressão aos Delitos Econômicos (GEDEC) e com apoio da Polícia Militar. Os investigados poderão responder pelos crimes de corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

