Mil transplantes de fígado em hospital do Recife

Giovanni Mastroianni
Advogado, administrador e jornalista

Publicado em: 13/06/2019 03:00 Atualizado em: 13/06/2019 10:09

Justas comemorações foram promovidas pela direção do Hospital Jayme da Fonte, em suas modernas instalações, após a concretização do milésimo transplante de fígado, sob o comando do conceituado hepatologista Cláudio Lacerda, que, ao longo dos últimos vinte anos, já transplantou nada menos de mil e quatrocentos pacientes, juntamente com sua equipe médica especializada, não só naquele nosocômio, como, também, no Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira – IMIP -, no Hospital Universitário Oswaldo Cruz, em Recife, além do HNSN, na capital paraibana.

Segundo aquele facultativo esclareceu, em depoimento à jornalista Cynthia Leite, “o fígado tem mais de duzentas funções. Por isso, quem tem doenças hepáticas degenerativas fica debilitado e o transplante geralmente é a única maneira de tratar efetivamente essas pessoas.”

A Organização Hospitalar de Pernambuco (Hospital Jayme da Fonte), graças à iniciativa de seu superintendente, médico Antonio Jayme da Fonte, seguindo os mesmos preceitos de seu saudoso pai – Jayme da Fonte –, que empresta seu nome àquele conceituado hospital, abriu as portas de seu centro cirúrgico, não somente para que o cirurgião Cláudio Lacerda e sua equipe realizassem o “milagre” dos transplantes como facilitou o atendimento aos mais necessitados, mantendo convênio com o Instituto Nacional de Seguro Social – INSS -, inteiramente gratuito para os pacientes mais carentes.

Acompanho os casos, considerados quase impossíveis, que aquele especialista em hepatologia descreve, em jornais da capital, como, também, conheci os que, com muita propriedade, narrou em seu livro  Acorde o Governador. Reconheço, portanto, não só sua competência como, igualmente, sua generosidade.

Na solenidade a que estive presente, o professor universitário Cláudio Lacerda foi homenageado pela direção do hospital e, como não poderia deixar de ser, por seus colegas e pacientes, recebendo, na ocasião, uma placa, que agradeceu, em comovente oração, exibindo-a, orgulhosamente, aos presentes, que fizeram questão de fotografá-la, a fim de registrar o inusitado acontecimento.

Além dos relevantes serviços que presta como cirurgião, o homenageado lidera uma instituição sem fins lucrativos, reconhecida de utilidade pública, denominada Associação Pernambucana de Apoio aos Doentes de Fígado ou, simplesmente, APAF, que procura sensibilizar as pessoas para a doação de tão importante órgão, além de abrigar e realizar exames, gratuitamente, fornecer alimentos e remédios aos pacientes em tratamento, sempre carentes de recursos, muitos dos quais de outros Estados.

Ao editar meu opúsculo Um pouco de mim, fiz questão não apenas de doar um quantitativo à APAF, para que esta angariasse recursos, como encareci aos leitores, a quem ofertei tão modesta obra, que, espontaneamente, quisessem colaborar com a associação, contribuíssem com um valor aleatório, em prol daquela Casa de Acolhimento.

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