Fragmentos de Davos
Ricardo Guerra
Empresário e jornalista
Publicado em: 02/03/2019 03:00 Atualizado em: 02/03/2019 08:52
Ainda é o começo do governo do presidente Jair Messias Bolsonaro. Por isso, não é o final do mundo. Mas tudo que aconteceu em Davos, na Suíça, durante o 39º Encontro do Fórum Econômico Mundial neste janeiro/2019, ficou a desejar. O presidente Messias sequer soube tirar proveito das ausências de Emmanuel Macron, Presidente da França; de Angela Merkel, 1ª ministra da Alemanha e do Donald Trump, dos EEUU.
As expectativas geradas em Davos não foram correspondidas. Por imaturidade ou até mesmo falta de preparo, a estreia internacional de Bolsonaro fracassou. Inadvertidamente, anunciou para toda a imprensa que o seu discurso passou pelo crivo de vários dos seus ministros. Imperdoável. Questão de credibilidade. Com certeza, a sua assessoria esqueceu-se de avisá-lo que o Fórum Mundial de Economia baseia-se, sobretudo, em dois pilares. No Livre Comércio e na Segurança a ser transmitida aos investidores.
A Bolsonaro foi dado o privilégio de fazer a abertura do Fórum. Após um discurso que não impressionou, a imprensa estrangeira considerou pífio. Jair usou pouco mais de seis minutos dos 45 a que tinha direito. Não valorizou a oportunidade. Não foi a quantidade, mas a qualidade do texto. Conteúdo. Densidade. Profundidade. Transparência. Faltou consistência, confiabilidade. Sobraram timidez e insegurança. Fragilidade. No dia seguinte, o presidente brasileiro, faltando menos de uma hora para acontecer, cancelou palestra e entrevista agendada com a imprensa mundial sem justificativa plausível. Pior ainda. Seguido pelos seus ministros da Economia-Paulo Guedes que deveria mostrar ao mundo, as propostas do novo governo, a viabilidade das prometidas reformas, previdenciária e tributária e do ministro da Justiça – Sérgio Moro que se encarregaria de convencer que o Brasil é um país seguro para atrair os investidores estrangeiros. O combate à violência, à corrupção, ao crime organizado estariam sendo derrotados pela nova política. Nada aconteceu.
Falar em colocar o Brasil entre os 50 melhores países do mundo para investir e fazer negócios, quando o país ocupa uma mísera 109º posição parece pueril, para não considerar uma piada. Inviável. Faltou inspiração segundo o britânico Daily Telegraph. Não são improcedentes as severas críticas do também britânico The Guardian. A reação da imprensa internacional pode estar no título da reportagem do The Washington Post “O novo presidente do Brasil fracassa na sua estreia no exterior” Enquanto o Financial Times preferiu apostar que Bolsonaro preferiu “fugir das controversas à qual costuma ser associado”. O The New York Times classificou-o como “a cara do populismo”. A cobertura internacional julgou-o coerente com o personagem limitado. A imprensa vive de notícias e a matéria-prima foi muito pobre. Faltou manchete. Careceu divulgação, gerando frustração.
Em termos gerais, a mais importante conclusão do Fórum Econômico, deste ano, foi a de que as desigualdades sociais cresceram desafiando o mundo. Como lição para o Brasil, resta-nos apelar para que as reformas passem no Congresso e que as privatizações tornem-se efetivas para que cresça a credibilidade brasileira no mercado internacional.
Ainda assim, continuarei torcendo por Jair Messias Bolsonaro, porque torço pelo nosso Brasil. Há quem defenda a tese de que quem tem a trinca de filhos – os parlamentares Flávio, Eduardo e Carlos – não precisa ter inimigos. Quanto a ridicularizar Bolsonaro por chamar os filhos de “garotos”, é possível contemporizar. Os nossos filhos jamais deixarão de serem as nossas crianças. Embora, na intimidade, teremos de ser duros.
As expectativas geradas em Davos não foram correspondidas. Por imaturidade ou até mesmo falta de preparo, a estreia internacional de Bolsonaro fracassou. Inadvertidamente, anunciou para toda a imprensa que o seu discurso passou pelo crivo de vários dos seus ministros. Imperdoável. Questão de credibilidade. Com certeza, a sua assessoria esqueceu-se de avisá-lo que o Fórum Mundial de Economia baseia-se, sobretudo, em dois pilares. No Livre Comércio e na Segurança a ser transmitida aos investidores.
A Bolsonaro foi dado o privilégio de fazer a abertura do Fórum. Após um discurso que não impressionou, a imprensa estrangeira considerou pífio. Jair usou pouco mais de seis minutos dos 45 a que tinha direito. Não valorizou a oportunidade. Não foi a quantidade, mas a qualidade do texto. Conteúdo. Densidade. Profundidade. Transparência. Faltou consistência, confiabilidade. Sobraram timidez e insegurança. Fragilidade. No dia seguinte, o presidente brasileiro, faltando menos de uma hora para acontecer, cancelou palestra e entrevista agendada com a imprensa mundial sem justificativa plausível. Pior ainda. Seguido pelos seus ministros da Economia-Paulo Guedes que deveria mostrar ao mundo, as propostas do novo governo, a viabilidade das prometidas reformas, previdenciária e tributária e do ministro da Justiça – Sérgio Moro que se encarregaria de convencer que o Brasil é um país seguro para atrair os investidores estrangeiros. O combate à violência, à corrupção, ao crime organizado estariam sendo derrotados pela nova política. Nada aconteceu.
Falar em colocar o Brasil entre os 50 melhores países do mundo para investir e fazer negócios, quando o país ocupa uma mísera 109º posição parece pueril, para não considerar uma piada. Inviável. Faltou inspiração segundo o britânico Daily Telegraph. Não são improcedentes as severas críticas do também britânico The Guardian. A reação da imprensa internacional pode estar no título da reportagem do The Washington Post “O novo presidente do Brasil fracassa na sua estreia no exterior” Enquanto o Financial Times preferiu apostar que Bolsonaro preferiu “fugir das controversas à qual costuma ser associado”. O The New York Times classificou-o como “a cara do populismo”. A cobertura internacional julgou-o coerente com o personagem limitado. A imprensa vive de notícias e a matéria-prima foi muito pobre. Faltou manchete. Careceu divulgação, gerando frustração.
Em termos gerais, a mais importante conclusão do Fórum Econômico, deste ano, foi a de que as desigualdades sociais cresceram desafiando o mundo. Como lição para o Brasil, resta-nos apelar para que as reformas passem no Congresso e que as privatizações tornem-se efetivas para que cresça a credibilidade brasileira no mercado internacional.
Ainda assim, continuarei torcendo por Jair Messias Bolsonaro, porque torço pelo nosso Brasil. Há quem defenda a tese de que quem tem a trinca de filhos – os parlamentares Flávio, Eduardo e Carlos – não precisa ter inimigos. Quanto a ridicularizar Bolsonaro por chamar os filhos de “garotos”, é possível contemporizar. Os nossos filhos jamais deixarão de serem as nossas crianças. Embora, na intimidade, teremos de ser duros.