RÚSSIA
Rússia diz que vai expandir manobras militares com aliados da Ásia
Sergei Shoigu disse que as intenções norte-americanas são consideradas uma ameaça à estabilidade
Publicado em: 26/04/2024 13:14 | Atualizado em: 26/04/2024 13:19
Bandeiras dos países Organização para Cooperação de Xangai (OCX) (Crédito: Greg Baker / AFP) |
O ministro russo da Defesa, Sergei Shoigu, disse, nesta sexta-feira, que Moscou e seus aliados na Ásia devem expandir os exercícios militares em conjunto para enfrentarem a ameaça direta das tentativas dos Estados Unidos de expandir sua influência de segurança na região.
Na reunião da Organização de Cooperação de Xangai (OCX), grupo de segurança formado pela Rússia, Índia, China, Irã, Paquistão, Cazaquistão, Uzbequistão, Quirguistão e Tajiquistão, Shoigu, afirmou que as intenções norte-americanas devem ser consideradas uma ameaça direta à estabilidade no espaço da OCX. “Creio que todos os presentes partilham a opinião de que a instalação de infraestruturas militares na região por parte dos EUA e dos seus aliados é inaceitável. Os países membros da OCX devem ampliar os suas manobras militares”, indicou Shoigu, no encontro da organização em Astana, capital do Cazaquistão.
O ministro da Defesa da Rússia também acusou os blocos QUAD (Estados Unidos, Japão, Austrália e Índia) e AUKUS (Austrália, EUA e Reino Unido), liderados por Washington, de tentarem remodelar a estrutura de segurança no Pacífico para se servirem e afirmou que estava sendo exercida uma pressão crescente sobre a China em relação a Taiwan. Shoigu destacou que seu país deve reforçar os laços militares com os parceiros na Ásia e resistir à influência no continente, apesar das intensas exigências impostas ao seu exército devido à guerra com a Ucrânia.
“A principal ameaça na Ásia Central vem de grupos terroristas radicais no Afeganistão e os EUA trabalham para retomar a influência na região, que perderam após a retirada das suas tropas do Afeganistão em 2021”, garantiu.
O grupo Estado Islâmico (EI) reivindicou o atentado na sala de concertos perto da capital russa, no mês passado, e os Estados Unidos disseram que foi o EI que planejou o ataque. No entanto, Shoigu reiterou que Kiev estava por detrás do ataque, uma alegação que o governo ucraniano já negou e que Washington diz ser absurda. Mas, Shoigu não apresentou provas para sustentar aos argumentos e acrescentou acusações aos representantes do ocidente de ajudarem a Ucrânia a preparar atos de sabotagem em território russo e que Kiev usa armas fornecidas pelos países ocidentais para atacar infraestruturas civis russas.
Por sua vez, o Congresso norte-americano aprovou recentemente um pacote que autoriza o envio de ajuda financeira a Taiwan.
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