° / °
Cadernos Blogs Colunas Rádios Serviços Portais

Valores cobrados por cadeiras e guarda-sol em Porto de Galinhas variam entre R$ 30 e R$ 100

Segundo os comerciantes ouvidos, todo o valor é acordado com os clientes no momento em que chegam nas barracas

Por Bartô Leonel

Segundo os comerciantes ouvidos, o valor do aluguel das cadeira e do guarda-sol é acordado com os clientes no momento em que chegam nas barracas, com disponibilidade de flexibilização da quantia cobrada dependendo do horário e da quantidade de bebidas consumidas.

Segundo levantamento realizado pelo Diario de Pernambuco com turistas e comerciantes, nesta segunda-feira (29), o menor valor cobrado pelo aluguel de cada cadeira na praia de Porto de Galinhas é de R$ 10, enquanto que o maior valor cobrado pelo conjunto (cadeiras junto com guarda-sol) é de aproximadamente R$ 100.

Um dos motivos alegado pelo casal de turistas do Mato Grosso (MT) agredido por barraqueiros em Porto de Galinhas, no município de Ipojuca, no Grande Recife, foi o valor cobrado pelo aluguel de cadeiras e do guarda-sol no local, que estariam quase o dobro do que havia sido combinado previamente.

Valores variam de acordo com itens alugados

A cobrança pelo aluguel de cadeiras e guarda-sóis é uma prática comum entre os comerciantes da região, com valores que variam entre R$ 30 e R$ 100. A maior quantia cobrada apenas pelo guarda-sol é de R$ 30. Já com relação ao valor máximo cobrado por cada cadeira, o levantamento identificou a o valor de R$ 15.

Segundo os comerciantes ouvidos, todo o valor é acordado com os clientes no momento em que chegam nas barracas, com disponibilidade de flexibilização da quantia cobrada dependendo do horário e da quantidade de bebidas consumidas.

Apesar dessa prática citada pelos barraqueiros, as agressões contra o casal do Mato Grosso teriam começado após divergência sobre valores cobrados pelo aluguel de cadeiras e do guarda-sol.

Segundo os turistas Johnny Andrade Barbosa e Cleiton Zanatta, o uso das cadeiras havia sido negociado por determinado valor, mas, no momento do pagamento, foi cobrado quase o dobro.

Ainda de acordo com os comerciantes, se os turistas consumirem algum petisco dos estabelecimentos, que tem como valores médios a partir de R$ 80, os clientes são isentos dos aluguéis.

Essa prática foi presenciada pelo turista Airton do Nascimento, que esteve em Porto de Galinhas no último domingo (21). Ele se sentiu coagido com a abordagem dos comerciantes e com o valor cobrado pelos aluguéis das cadeiras e do guarda-sol.

“Logo quando fui estacionar o carro, já chegaram algumas pessoas oferecendo cadeiras e guarda-sol, fazendo aquela agonia. Quando peguei o cardápio, lá já constava que eu precisava consumir algum petisco para não pagar R$ 100 pelo aluguel”, iniciou.

“Porém, não tinha nenhum petisco menor que R$ 100. A isca de peixe que pedi foi de R$ 170. Essa prática meio que deixa o cliente com a obrigação de comprar aquele petisco para não pagar o valor do aluguel. É meio que uma forma de coação”, ressaltou Airton, que foi curtir as férias de fim de ano com a namorada.

Conforme informou os comerciantes que participaram do levantamento, os valores mais altos são cobrados nos comércios que ficam mais próximos ao centro de Porto de Galinhas.

Andamento das investigações sobre o caso

Segundo a governadora Raquel Lyra (PSD), a Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS-PE) identificou 14 pessoas envolvidas na agressão a turistas em Porto de Galinhas, no município de Ipojuca, Litoral Sul do estado, no último sábado (27). Ainda de acordo com Lyra, os agressores serão indiciados.