Sobre balada, exposição, letras em barrro

Raimundo Carrero
Escritor e jornalista

Publicado em: 12/11/2018 03:00 Atualizado em: 12/11/2018 14:32

Marcelino Freire  não perde o costume: invade o Brasil com sua literatura e sua balada, que já desbancou muitos críticos. Promove invasão cultural em todo País, este ano começando no Piauí, chegando a São Paulo e Salvador , sempre acompanhado de escritores e cantores, de diversos matizes. Algo sensacional que faz a literatura circular de casa em casa, lançando o livro- Bagageiro -  em que ensina a escrever sem academicismo e com muito humor, muito humor mesmo.

É um exemplo de escritor contemporâneo, não deixa que baratas e cupins comam seus livros, interagem cm todos e é também um magnífico ativista, criador e editor do Lulalivro, com Ademir Assumpção. E idealizador de abaixos-assinados que atingem no alvo. Livro, festa e política. Atividades que se unem para formar o cráter cultural deste moço de Sertâne, a boa cidade do Sertõ do Moxotó.

De quebra, esteve há duas semanas em Caruaru para lançar Bagageiro, para receber homenagens e debate com alunos do Colégio Diocesano. Como se percebe uma atividade gigantesca e cansativa.  Mas não se cansa e logo estará aqui para lançar o livro no Centro Cultural, no Espinheiro. Estão convidados.

Volto a falar no evento Letras em Varro. É uma criação e promoção do ótimo escritor agrestino Thiago Medeiros, para reunir escritores brasileiros em Caruaru, pelo menos uma vez por ano. Estivemos nesta edição, Marcelino  Freire, Aline Bei e Valéria Rezende, além de intelectuais e ativistas políticos, sobretudo do movimento feminista da região. Muita diversidade e muita discussão.

Aline Bei é uma jovem escritora paulista ganhadora do prêmio São Paulo, na categoria estreante com menos de 40 anos, com a novela O Peso do Pássaro Morto, um trabalho de muita qualidade e que promete coisas melhores. Merece muita atenção eé um nome para se guardar. Teve uma excelente participação, com debates sobre literatura e feminismo, até porque estava contaminada pelo clima.  

Só uma lembrança: O Museu do Estado inaugura ,a manhã, terça-feira, às 19 horas, uma exposição sobre a minha Vida e minha Obra, com  produção de Marcelo Pereira e Andrea Mota e curadoria de Sidney Rocha. Aproveito para agradecer o zelo dos três, empenhadíssimos na realização da exposição. Também será lançada a minha tetralogia Condenados à Vida, reunindo os romance Maça Agreste, Somos pedras que se consomem,  o amor não tem bons sentimentos e Tangolomngo.

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