A fragmentação do humano com estudantes de Salgueiro

Raimundo Carrero *
raimundocarrero@gmail.com

Publicado em: 19/03/2018 03:00 Atualizado em: 19/03/2018 09:27

A “Fragmentação do Humano” é o título de um livro escrito pelo jornalista Marcelo Pereira , com programação gráfica e diagramação de Gisele Abad, produção de Andrea Mota, sobre a minha obra literária, com fotos de Roberta Guimarães. Este livro foi distribuído com os estudantes da Escola de Referência Urbano Gomes de Sá, quarta-feira passada, durante debate  que deu continuidade às comemorações dos meus 70 anos, em Salgueiro, cidade onde nasci, vivi a infância e a adolescência. Aprendi música, e onde conclui os meus primeiros estudos no Colégio Estadual, hoje Colégio Carlos Pena Filho.

Foi um debate estimulante e belo, promovido pela Fundarpe, sob a orientação da presidente Márcia Souto,  coordenação de Marcia Branco e equipe, com a participação da banda As Severinas, grupo dedicado ao forró de pé de serra, liderado por Isabella de São José do Belmonte, uma jovem professora com entusiasmo inegável pela literatura, pela música e pela juventude, a quem dedica sua melhor formação.

Os estudantes demonstraram muito entusiasmo sob orientação das professoras e me provocaram o tempo todo com perguntas e afirmações que tornaram o debate ainda mais quete. Momento profundamente estimulante se realizou quando fui questionada por duas jovens estudantes mudas, perfeitamente integradas à escola e à sociedade, com dedicação especial das professoras sob a orientação de Antenor, o gestor da escola. Pareceu-me um educandário-modelo, a partir do Governo estadual, com orientação do governador Paulo Câmara e dos secretários de Educação e de Cultura.

Os estudantes demonstraram, inclusive, preocupação com os destinos da literatura brasileira, perguntando sobre vários autores e s seus livros. A questão agora é fazer com os livros cheguem com mais frequência às mãos desses e dessas jovens entusiasmadas, com maior intercâmbio entre outras artes, entre elas a música e o teatro. Vi, colado à parede, um pe que cartz, em que se anunciava a realização, para breve, de uma oficina de teatr com estímulo a atores e atrizes. E, naturalmente, para futuros dramaturgos, lembrando que a primeira cisa séria que escrevi foi uma peça de teatro sobre a história de Salgueiro, cm a orientação da então professora Creuza Pereira, hoje deputada federal.

Sempre que vou a Salgueiro, independente de homenagens, fico entusiasmado, sobretudo na á educacional, onde percebo, com grane ênfase, a participação do Governo de Pernambuco, na gestão de Paulo Câmara. O projeto Outras Palavras, por exemplo, aprofunda o ele entre a educação e a cultura.

Se não bastasse, a revelação da banda As Severinas justifica o movimento cultural criado pelo Estado para enriquecimento das nossas raizes. É revolucionária a presença desta banda em sala de aula.

* Escritor e jornalista

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