° / °
Viver
COLETÂNEA

'Orixás em Verso e Rima' celebra ancestralidade com lançamentos de cordéis infantis

Mari Bigio e Kemla Baptista lançam, no Recife, a coletânea infantil 'Orixás em Verso e Rima', no Casa de Alzira/Muafro, na Casa de Alzira/Muafro(12) e no Museu da Abolição (13)

Diario de Pernambuco

Publicado: 10/11/2025 às 19:32

 /Divulgação

(Divulgação)

Mari Bigio e Kemla Baptista lançam, no Recife, a coletânea infantil 'Orixás em Verso e Rima'. Os cinco títulos reforçam a centralidade da cultura afro-brasileira na formação leitora e combinam recursos estéticos e pedagógicos, como xilogravuras, glossário de iorubá e faixas em áudio, além de apresentações ao vivo com contação de histórias e recursos de acessibilidade.

Os lançamentos ocorrem em dois momentos: na quarta-feira (12) , às 14h, na Casa de Alzira/Muafro, no Recife Antigo, e quinta-feira (13), às 14h, no Museu da Abolição, na Madalena, Zona Norte do Recife.

A obra reúne cinco títulos dedicados a Oxalá, Exu, Yemanjá, Nanã e Xangô, com foco na mediação de leitura na primeira infância e na valorização da ancestralidade afro-brasileira. Os textos, escritos por Mari Bigio a partir de argumentos de Kemla Baptista, assumem a voz de autoras negras nordestinas e tratam a religiosidade de matriz africana com rigor e linguagem lúdica, voltada a leitores em formação.

As sessões de lançamento terão contação de histórias e performances poético-musicais inspiradas nos cordéis, estimulando imaginação, linguagem e repertório cultural desde cedo, com ênfase em educação antirracista e no reconhecimento das matrizes africanas como patrimônio vivo. Os textos ganharão encenação e sonoplastia ao vivo; cada apresentação contará com interpretação em Libras.

“Para muitas infâncias, o cordel é a primeira chave. Quando verso, imagem e som se encontram, com xilogravura, glossário em iorubá e narração em áudio nas nossas vozes, as crianças reconhecem os Orixás como parte da própria história e aprendem cuidado, respeito e pertencimento. A leitura vira experiência viva de escuta, corpo e memória, fortalecendo a mediação de educadores e famílias desde a primeira infância”, afirma Mari Bigio.

Kemla Baptista destaca o caráter formativo da obra ao integrar pesquisa, mediação de leitura e referências da cultura iorubá em contextos escolares e familiares. “Diante da dívida histórica do país com os povos de terreiro e do histórico excludente na tradição do cordel, esta obra se apresenta como publicação necessária e pioneira", fiz a autora.

"Ao combater intolerâncias e preconceitos, ela reinventa a tradição a partir do olhar, da escuta e do afeto das crianças, recolocando o cordel como ferramenta de memória, reparação simbólica e futuro. Queremos que cada criança reconheça a beleza e a sabedoria da cultura iorubá como parte da nossa história coletiva”, acrescenta.

Mais de Viver

Últimas

WhatsApp DP

Mais Lidas

WhatsApp DP

X