Adriana Partimpim estreia turnê em Pernambuco com cenário de quarto encantado
O universo lúdico de Adriana Partimpim chega neste sábado ao Teatro Guararapes, em uma apresentação que celebra a imaginação, a música e encontro com diferentes gerações
Publicado: 23/10/2025 às 04:00
Um quarto não é feito apenas de paredes, mas de sonhos, melodias e histórias cantadas. É desse espaço íntimo, repleto de tesouros musicais, que surge Adriana Partimpim para uma turnê nacional inédita, com uma parada especial em Olinda, no Teatro Guararapes, amanhã, às 17h. O espetáculo se baseia no álbum O Meu Quarto, lançado no ano passado, que marcou o fim de um hiato de doze anos, trazendo de volta a magia que conquistou crianças e adultos.
Mais do que simplesmente retomar os palcos, a artista expande os horizontes de seu universo infantil. Pela primeira vez, o projeto alcança território pernambucano com toda a grandiosidade que a ocasião merece. “É impressionante o que tem acontecido nas plateias”, relata Adriana, em conversa exclusiva com o Viver. Essa mesma energia deve contagiar o Guararapes, onde a metáfora do quarto será materializada através de uma cenografia imersiva e projeções que transportam o público para um mundo de pura imaginação, em contraste ao formato intimista que adotou como Calcanhotto em sua apresentação solo festival Palco Brasil, realizado em agosto na Caixa Cultural Recife.
E, claro, o mundo sonoro que ecoa desse quarto é tão vasto quanto o visual. O repertório combina as novas canções do álbum O Quarto com os sucessos dos três primeiros discos do projeto. "Era muita música, então fiz uma peneira natural durante os ensaios", explica a cantora. Entre as novidades, estão O Meu Quarto e Malala (autorais), além de Boitatá (Marisa Monte, Arnaldo Antunes e Mano Wladimir), Atlântida (Rita Lee e Roberto de Carvalho) e Tô Bem (Jovem Dionisio), além das clássicas Fico Assim Sem Você, Ciranda da Bailarina, dentre muitas outras.
O que chama atenção é como canções originalmente densas e melódicas são desconstruídas e reconstruídas pela voz de Partimpim, ganhando uma leveza para o público infantil. “Ouço as músicas e sei que pertencem ao repertório, deixando que elas mesmas decidam o caminho”, diz. Transitando entre a persona infantil de Partimpim e a Calcanhotto, ela confessa: “Ainda estou me acostumando comigo mesma”.
A capacidade de Partimpim de unir gerações é um dos legados mais comemorados por Adriana. Criado em 2004 a partir de um apelido carinhoso dado por seu pai, a personagem musical nasceu com o disco Adriana Partimpim com o propósito de dialogar com o universo infantil de forma poética e sem subestimar a inteligência dos pequenos. Pouco mais de 20 anos depois, os fãs que na infância eram acompanhados por seus pais aos espetáculos hoje são eles próprios que apresentam Partimpim a uma nova geração. “Receber essa diversidade etária é um grande privilégio”, reconhece Adriana.
Enquanto isso, no palco, a banda composta por Davi Moraes, Marlon Sette, Arimatéa, Jorge Continentino, João Moreira, Luizinho do Jeje, Antonio Dal Bó e Thomas Harres formam a tapeçaria sonora sobre a qual Adriana Partimpim dança, canta e encanta. Como ela mesma diz, "fortes emoções pela frente". Para as crianças que fomos, para as que somos, e para aquelas que sempre viverão onde a música consegue tocar.