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Ator Sandro Guerra, destaque da série 'Pssica', fala sobre sua trajetória

"Ser ator é ter a oportunidade de viver a magia de ser outra pessoa em si mesmo", declara ao Viver o ator pernambucano Sandro Guerra, que vive Amadeu na série 'Pssica', da Netflix

Andre Guerra

Publicado: 22/10/2025 às 06:00

 /Foto: Gabrielle Santos (Afrorec)

(Foto: Gabrielle Santos (Afrorec) )

Desde que estreou na Netflix, Pssica vem ganhando notoriedade pela forma como lida com uma das maiores chagas sociais do Brasil e do mundo. Dirigida por Fernando Meirelles (de Cidade de Deus) e pelo seu filho, Quico Meirelles, a minissérie de quatro episódios ficou entre as mais assistidas da plataforma em sua estreia. E um ator que há mais de duas décadas chama atenção no cinema pernambucano ganha destaque: Sandro Guerra.

A obra é ambientada na ilha do Marajó, no Pará, e adapta o romance homônimo do escritor Edyr Augusto. A trama acompanha os personagens Janalice (Domitila Cattete), raptada pelo tráfico sexual de mulheres, Preá (Lucas Galvino), destinado a liderar a gangue de criminosos da região amazônica, e Mariangel (Marleyda Soto), que quer se vingar pela morte de sua família.

É nesse cenário que Sandro dá vida ao policial aposentado e solitário Amadeu. Padrinho de Janalice, ele inicialmente pensa que a sobrinha fugiu de casa com o namorado, mas rapidamente percebe que a situação é mais grave do que parecia. Em entrevista exclusiva ao Viver, o ator revela como a construção do personagem foi essencial para narrar essa saga com o máximo de autenticidade.

“Fátima Toledo foi uma excelente preparadora e, junto com ela, a gente definiu caminhos muito específicos para Amadeu, que é um cara cristão da maneira que todos os cristãos deveriam ser e que, justamente pela sua bondade e honestidade, recusa-se a participar dos esquemas corruptos da região”, conta. “Ele tem uma força de pai mesmo e, na busca por Janalice, acaba desbaratando um esquema brutalmente real”.

Aos 57 anos, Sandro tem uma longa carreira no cinema. Sua primeira participação em longa foi em Deus é Brasileiro, de Cacá Diegues, em 2003. Desde então, trabalhou em filmes marcantes como Cinema Aspirinas e Urubus, de Marcelo Gomes, Divino Amor, de Gabriel Mascaro, e Propriedade, de Daniel Bandeira. Ja na série Cangaço Novo, que em breve chega à segunda temporada, ele vive o vaqueiro Ribamar.

“Rodamos em locação e a atmosfera do set era como se fosse cinema mesmo, o que não poderia ser diferente com dois craques como Fernando e Quico”, ressalta. “Ser ator é ter a oportunidade de viver a fantástica magia de ser outra pessoa em si mesmo. Depois do Renildo, aquele homem péssimo de Propriedade, incorporar um cara bom como Amadeu é um presente”, diz.

O ano de 2025 está sendo marcado por uma interseção entre Pernambuco e a região amazônica, como se viu também em O Último Azul e em Manas, cuja ambientação na Ilha do Marajó e o tema do abuso sexual de menores está em sintonia com Pssica. “É um momento único para os artistas de fora do eixo Rio-São Paulo e é especialíssimo poder encabeçar uma série com essa força visual”, vibra.

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