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MOSTRA DE SP

"O cinema pernambucano precisa ser estudado", exalta diretora da Mostra de São Paulo

Renata de Almeida, diretora da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, fala ao Viver com exclusividade sobre expectativas para a 49ª edição do evento

Andre Guerra

Publicado: 13/10/2025 às 07:15

 /Foto: Mario Miranda Filho

(Foto: Mario Miranda Filho)

Uma das janelas mais diversas e importantes do calendário cinematográfico brasileiro retorna nesta semana. Em sua 49ª edição, a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo se prepara para sua cerimônia de abertura, que ocorre nesta quinta-feira (16), com a exibição de Sirat, de Oliver Laxe, que recebeu o Prêmio do Júri no Festival de Cannes deste ano. E, como esperado, O Agente Secreto teve exibição confirmada na programação do evento que reforça a cada ano multiplicidade da filmografia do país, tanto quanto traz aguardadas produções de fora.

“Um bom tempo atrás, muitos diretores brasileiros nem queriam exibir seus filmes aqui na Mostra por acharem que era um evento com muitas produções estrangeiras. A situação se inverteu completamente: é muito esperado que os filmes nacionais, mais ou menos repercutidos, estejam presentes na seleção”, salienta Renata de Almeida, diretora da Mostra, em entrevista exclusiva ao Viver. “Eu acho isso maravilhoso, demonstra novamente como nosso cinema está a todo vapor com filmes tão diferentes”.

Grande vencedor da Palma de Ouro em Cannes, o longa iraniano Foi Apenas um Acidente é um dos confirmados na programação — assim como o seu diretor Jafar Panahi, que estará presente para receber o Prêmio Humanidade e participar de uma conversa com o público. O cineasta e roteirista Charlie Kaufman, vencedor do Oscar por Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças, vem à Mostra para receber o Prêmio Leon Cakoff e também participar de uma roda de conversas com a plateia.

Entre os filmes internacionais de grande repercussão de 2025 e que terão sessões no evento, destacam-se Frankenstein, de Guillermo Del Toro, Bugonia, de Yorgos Lanthimos, Eddington, de Ari Aster, No Other Choice, de Park Chan-wook, Nouvelle Vague, de Richard Linklater e, no encerramento, Jay Kelly, de Noah Baumbach.

Renata de Almeida reforça que muitos dos filmes que são exibidos na Mostra não chegam à maioria das praças do país, tornando o evento, para muitos cinéfilos, a única oportunidade de conferi-los. “Vem pessoas de todos os lugares do Brasil, então batalhamos muito para que esse seja um espaço de trocas todos os anos. A Mostra agrega muito para quem não tem sempre acesso a uma programação tão variada”, ressalta.

Além de O Agente Secreto, o festival também inclui em sua programação Gravidade, longa de estreia do diretor pernambucano Leo Tabosa. A diretora da Mostra aproveita para enaltecer a força histórica que os cineastas de Pernambuco demonstram há muito tempo e que vem sendo cada vez mais revelada para o Brasil. “O Brasil inteiro tem que estudar e entender tanto a parte criativa quanto de políticas de incentivo que acontecem em Pernambuco para produzir tanto cineasta bom e tantos filmes incríveis. Eu sempre fico impressionada", exalta Renata.

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