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Animage enaltece a riqueza do cinema de animação do mundo todo

Maior festival de animação do país, Animage chega à 15 edição nesta terça (7) e segue até o domingo (12)

André Guerra

Publicado: 06/10/2025 às 06:00

Longa 'Arco' faz parte da programação do festival/Divulgação

Longa 'Arco' faz parte da programação do festival (Divulgação)

Não é à toa que o Animage — Festival Internacional de Animação de Pernambuco atingiu o status de maior evento do segmento em todo o Brasil. Preparando-se para dar início à sua edição comemorativa de 15 anos de trajetória, o evento, que reúne 134 filmes, entre curtas e longas-metragens de mais de 50 países, ocupará espaços célebres do cinema recifense, como o Cinema São Luiz, o Teatro do Parque, o Cinema da Fundação Derby e o Cinema da UFPE, a partir desta terça-feira até o domingo, 12 de outubro.

Conhecido por ser não apenas um momento de exibição, mas também de troca de ideias sobre a arte da animação, o Animage coloca estreias nacionais e internacionais na programação e traz ainda clássicos restaurados em suas retrospectivas. Com mais de 2300 inscrições de 112 países, a Mostra Competitiva do festival selecionou 72 curtas distribuídos através de 11 programas. Integram o júri a jornalista pernambucana Luciana Veras, o animador Jason Tadeu e o realizador português Nuno Beato.

“A essa altura não é bairrismo nenhum da nossa parte dizer que o festival se tornou o mais importante dessa animação no Brasil e não só pelo número de inscrições ou de filmes selecionados, mas pela diversidade das produções e pelo cuidado de tornar essa programação o mais acessível possível através da gratuidade”, destaca Gutie, diretor do Animage, que lembra ainda as atividades educativas oferecidas pelo projeto. “Estão previstas conversas com a animadora paulista Rosana Urbes e com o próprio Nuno Beato, masterclass com Pâmela Peregrino e com o alemão Frédéric Schuld, além de oficinas ministradas por Chia Beloto, Marila Cantuária, Bruno Cabús e Radhi Meron. A programação é intensa”.

O festival dá destaque este ano para uma de suas novidades: a Mostra Palestina, que reúne curtas sobre a identidade, a resistência e os conflitos históricos que têm acometido o território. “Achamos essencial esse ano buscar uma reflexão sobre o que está acontecendo no mundo, e o caso de Gaza, que choca todos nós, não é o único que provoca consternação”, comenta Gutie.

Os longas prestigiados internacionalmente não perdem espaço. Arco, dirigido pelo francês Ugo Bienvenu e produzido pela premiada atriz Natalie Portman, exibido no Festival de Cannes e listado entre os possíveis indicados ao Oscar do ano que vem. Já o elogiado Glória e Liberdade, da diretora baiana Letícia Simões, imagina um futuro em que o Brasil deixou de existir e se fragmentou em várias nações independentes.

“A animação costuma ser o primeiro contato que nós temos com o cinema, durante a infância, e tem o potencial de nos acompanhar por todas as gerações da vida”, acrescenta o diretor do festival. “Ela é cheia de camadas, gêneros e técnicas. Animando, você pode fazer tudo, criar infinitas imagens. A missão do Animage é fazer jus a essa riqueza”, reafirma. Um dos mais aguardados momentos do calendário audiovisual do ano.

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