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Recifest 2025 terá exibição do longa premiado 'Salomé'

Além das exibições, o Recifest 2025 presta homenagem ao crítico, cineasta e roteirista Jean-Claude Bernardet (in memoriam), lembrado por sua contribuição ao cinema brasileiro e à militância LGBTQIAPN+

Andre Guerra

Publicado: 25/09/2025 às 19:21

 /Divulgação

(Divulgação)

O Recifest – Festival de Cinema da Diversidade Sexual e de Gênero chega à fase final com exibições no Cinema São Luiz, no centro do Recife, sempre a partir das 19h, com entrada gratuita. A programação da sexta-feira (26) reúne sessões da Mostra Competitiva de Curtas e a Mostra D.iva – Diversidade em Animação, enquanto o sábado (27) será marcado pela exibição do longa Salomé, do pernambucano André Antônio, e pela cerimônia de premiação que encerra a 11ª edição do evento.

Na sexta (26), a Mostra Competitiva apresenta dois blocos temáticos. O primeiro, Família e Seus Ecos, reúne quatro filmes que discutem vínculos e afetos familiares: Tudo que Importa (SP), documentário de 20 minutos; Espelho da Memória (SP), documentário de 16 minutos; Mãe (RS), ficção de 20 minutos; e A Volta (PE), ficção de 17 minutos.

O segundo bloco, 'Luto, amor e suas possibilidades', traz quatro curtas que refletem sobre perdas e afetos: Lá na Frente (PE), animação de 10 minutos; Ana e as montanhas (GO/RJ), ficção de 14 minutos; Todo Romance Termina Assim (SP), animação de 15 minutos; e Velcro (PE), ficção de 10 minutos.

Encerrando a noite, a Mostra D.iva – Diversidade em Animação apresenta o programa Paraísos e Desejos, com três curtas que exploram identidade e desejo por meio da animação: Kabuki (Brasil), O Comer de uma Laranja (Reino Unido) e Dois Garotos Negros no Paraíso (Reino Unido).

O sábado (27) marca a exibição do longa Salomé (2024), dirigido por André Antônio. O filme acompanha Cecília (Aura do Nascimento), uma modelo que retorna ao Recife e se envolve em uma seita dedicada à figura bíblica de Salomé. A obra, vencedora de oito prêmios no Festival de Brasília, incluindo Melhor Filme, mistura melodrama, religiosidade e misticismo, com protagonismo trans e uma estética inspirada em Andy Warhol, Derek Jarman e Kenneth Anger.

Antônio conta que havia lido muita coisa escrita por Oscar Wilde como pesquisa para esse filme. Mas, depois de lançá-lo, percebeu que não conhecia a célebre peça teatral Salomé, de 1891, que foi censurada na época. Fiquei fascinado desde a primeira leitura, principalmente pelos aspectos queer e eróticos do texto. O movimento de Wilde foi de retorno ao passado, resgatando a ambiência bíblica e a figura de Salomé, princesa que esteve envolvida na decapitação de São João Batista, expõe o diretor.

O filme Salomé coloca em cena artistas e personagens trans como protagonistas, abordando questões como a transição de gênero e a violência de forma inovadora. Após a sessão, será realizada a Cerimônia de Premiação, quando serão anunciados os vencedores das mostras competitivas, que neste ano reuniram 26 curtas selecionados entre 271 inscrições – número recorde do festival.

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