Ícone atemporal da música brasileira, Gonzaguinha faria hoje 80 anos
Relembre trajetória e obras marcantes de Gonzaguinha, compositor carioca e filho de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião
Publicado: 22/09/2025 às 18:30

(Arquivo/DP)
Completaria 80 anos hoje um dos maiores ícones da música brasileira. Filho do pernambucano que mudou para sempre a história do som nordestino, Gonzaguinha se transformou ele mesmo também em uma figura de brilho próprio, que segue atravessando gerações com canções atemporais, como O Que É, O Que É, Sangrando, E Vamos à Luta e Lindo Lago do Amor, entre tantas outras.
A música fez parte da vida de Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior desde a sua adolescência. Nascido na capital fluminense em 1945, compôs aos 14 anos Lembranças da Primavera, sua primeira canção, e não se separou mais da arte. Foi morar com Gonzagão, seu pai, no início dos anos 1960, na Ilha de Bogotá, no Rio de Janeiro, e teve sua principal formação na Faculdade de Ciências Econômicas Cândido Mendes.
Durante a década de 1970, sua obra foi marcada por duras críticas à ditadura militar. Uma de suas músicas mais repercutidas à época foi Comportamento Geral, apresentada em 1973 no programa do apresentador e jornalista Flávio Cavalcanti. A censura sofrida na época não impediu o artista de lançar discos marcantes como Gonzaguinha (1974), Plano de Voo (1975) e Começaria Tudo Outra Vez (1976).
Sua relação complexa com Luiz Gonzaga rendeu o elogiado longa-metragem Gonzaga: De Pai pra Filho, em que é interpretado pelo ator Júlio Andrade. Apesar dos atritos misturados à admiração, o Rei do Baião e o compositor carioca iniciaram juntos a turnê do show Vida de Viajante, em 1981, lançando ainda o disco Gonzagão & Gonzaguinha: A Vida do Viajante.
Ainda nos anos 1980, Gonzaguinha lançou os álbuns De Volta ao Começo, Coisa Mais Maior de Grande - Pessoa, Alô, Alô Brasil, Grávido, Olho de Lince e Corações Marginais. Em 29 de abril de 1991, Gonzaguinha faleceu em decorrência de um acidente de carro no Paraná, retornando de uma apresentação no município de Pato Branco.
Entre os artistas que mais gravaram suas obras estão Maria Bethânia, Leo Gandelman, Daniel Gonzaga, Emílio Santiago, Simone, Leo Brandão e Alcione.

