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MÚSICA

Fábio Jr. traz seu romantismo e hits atemporais ao Classic Hall

Astro da música romântica, Fábio Jr. retorna a Pernambuco para uma apresentação única no Classic Hall, revivendo clássicos que marcaram gerações

Allan Lopes

Publicado: 19/09/2025 às 04:00

Fábio Jr. elenca clássicos de diversas épocas da carreira no repertório/Foto: Pedro Dimitrow

Fábio Jr. elenca clássicos de diversas épocas da carreira no repertório (Foto: Pedro Dimitrow)

Se a sua história de amor teve uma trilha sonora, é provável que uma das faixas seja de Fábio Jr. Hoje, a partir das 20h, ele apresenta seu projeto Bem Mais Que os Meus 20 e Poucos Anos no Classic Hall, em Olinda. Além de clássicos como Felicidade, Caça e Caçador e o hit que batiza a turnê, o que se ouve é mais do que música. O cantor traz sua crença de que a vida não deve se limitar por fases ou idades. É uma mensagem que ecoa desde sua era de ouro e fez parar o Recife em 1989, no Ginásio Geraldão, pelo show Vida.


Porém, Fábio Jr. aprendeu a comover suas plateias muito antes, quando trocou seu trabalho de office-boy por palcos de clubes de bairro como vocalista da banda Inglês. Entre canções americanas e olhares curiosos, ele descobriu o poder da própria voz, que mais tarde se transformaria em sua assinatura musical .Como crooner, bebeu da fonte de Frank Sinatra e Roberto Carlos, até que as gravadoras ouviram seu potencial e o batizaram de Mark Davis.


Quatro compactos e um LP depois, sua trajetória ultrapassou as fronteiras dos estúdios para conquistar as telas da televisão e do cinema. Com o visual e carisma de um galã, foi naturalmente absorvido pela TV, onde foi batizado como Fábio Jr. e superou até o cancelamento de Despedida de Casado pela censura para emplacar uma sequência de sucessos. Ao lado de Regina Duarte, tornou-se inesquecível em Nina, e seguiu conquistando o público em Ciranda, Cirandinha, Água Viva e Roque Santeiro.


Foi esse astro televisivo e musical que, em 3 de março de 1989, desembarcou no Recife para o show Vida no Geraldão. Entre gritos e empurrões, desceu do avião de óculos escuros e camiseta listrada, acenando para a multidão que tentava tocá-lo. Uma fã conseguiu chegar tão perto a ponto de rasgar sua camisa.“Descontente com as medidas de segurança do aeroporto, os jovens por pouco não derrubam o toldo de zinco que protege a pista, tamanha era a euforia”, narrou o Diario de Pernambuco na época.


Aquela apresentação no Recife marcou o aguardado retorno de Fábio Jr. após tratamento de pericardite. Na entrevista que concedeu ao Diario, o cantor revelou que a recuperação trouxe mudanças comportamentais e nova perspectiva sobre a vida. “Deixei de desperdiçar a vida. Eu era como um chiador, esbanjando água para todos os lados, numa euforia superficial, que fantasiava a existência.”, declarou ele, que estava se preparando para lançar um disco em espanhol e fazer shows pela América Latina, Europa e Estados Unidos.

No roteiro do show, considerado pela crítica o maior de sua carreira até então sucessos consagrados como Pai e 20 e Poucos Anos entrelaçavam-se com canções inéditas, entre elas Sem Limites Pra Sonhar, faixa do álbum Vida que, na época, liderava as paradas das rádios do Recife. Agora, três décadas depois, o público pernambucano testemunha mais uma vez essa história, celebrando a carreira de um artista que jamais se limitou a uma única era.

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