'Apanhador de Almas', com Klara Castanho, traz tom jovial ao terror brasileiro
Filme de terror com Klara Castanho liderando um elenco inteiramente feminino, 'Apanhador de Almas' estreia no Recife nesta quinta (18)
Publicado: 18/09/2025 às 06:00

Apesar da direção masculina, mulheres dominam produção na frente e atrás das câmeras (Divulgação)
A safra do cinema brasileiro de terror segue demonstrando a sua constância e também a versatilidade com relação ao público-alvo. Enquanto diretores como Rodrigo Aragão, Marco Dutra, Juliana Rojas e Gabriela Amaral Almeida esticam as possibilidades do gênero em suas alegorias cheias de referências clássicas e densidade, os diretores Nelson Botter Jr. e Fernando Alonso vão por um caminho jovial em Apanhador de Almas , que entra em cartaz hoje no Recife.
A dupla, que possui larga experiência em animação, estreia em longa-metragem live-action com esta história sobrenatural de protagonismo inteiramente feminino. Na trama, um grupo de jovens interessadas em bruxaria, vividas por por Klara Castanho, Jessica Córes, Duda Reis, Larissa Ferrara e Priscila Sol, vão até uma casa isolada durante um eclipse para testemunhar um ritual, comandado pela bruxa experiente (Ângela Dippe). Como é convenção do terror, tudo vai dar muito errado e as personagens ficam presas com uma névoa ao redor e uma criatura sombria à espreita.
“Sou muito medrosa para terror, mas assisti tudo que podia para participar desse, mesmo que vendo algumas coisas entre os dedos. Acho admirável um ator conseguir transmitir o arrepio, porque é algo realmente bem difícil e que cada pessoa vai sentir de uma forma diferente”, comenta Klara Castanho em entrevista exclusiva ao Viver.
Larissa Ferreira, do contrário, se mostrou entusiasta do gênero. “Sou apaixonada desde sempre e tenho acompanhado muito alguns grandes sucessos dos últimos anos, principalmente os filmes de Jordan Peele e Ari Aster, por exemplo. É essencial o Brasil produzir filmes de drama e comédia, mas esse entretenimento do terror também tem uma importância enorme. Espero que esse filme abra mais ainda esse espaço no mercado brasileiro”, reforça.
Os diretores revelam ainda a predominância feminina na frente e atrás das câmeras. “Por ser uma história muito feminina, foi imprescindível que tivéssemos uma equipe 80% de mulheres. Tarsila Araujo conosco no roteiro, Giovanna Pezzo na fotografia, Lara Franc na montagem e Daniela Aldrovandi na direção de arte”, enfatiza Fernando. “A guerra que a narrativa vira entre as personagens dialoga com várias questões que vivemos hoje, principalmente com a crescente da violência e intolerância que surgem das opiniões diferentes”, completa Nelson sobre assuntos discutidos no filme.

