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'O Último Azul', do pernambucano Gabriel Mascaro, encanta Gramado

Filme 'O Último Azul', premiado no Festival de Berlim com o Urso de Prata, abriu o 53º Festival de Cinema de Gramado e ainda 'azulou' o tradicional tapete vermelho

Andre Guerra

Publicado: 16/08/2025 às 17:28

Equipe de 'O Último Azul no tapete especialmente azul do Festival de Gramado/ Edison Vara

Equipe de 'O Último Azul no tapete especialmente azul do Festival de Gramado ( Edison Vara)

Na última sexta-feira (15), o tapete do Festival de Cinema de Gramado estava diferente. Com a estreia nacional do aguardado O Último Azul, novo longa do pernambucano Gabriel Mascaro (de Boi NeonDivino Amor), o piso da Rua Coberta, por onde passam as equipes e celebridades em direção ao Palácio dos Festivais, estava azul. E por uma boa causa.

Premiado no 75º Festival de Berlim com o Urso de Prata, o longa com Denise Weinberg, Rodrigo Santoro e Adanilo abriu a 53ª edição do tradicional evento do cinema brasileiro que ocorre na Serra Gaúcha. A trama é uma distopia em que os idosos são enviados para uma colônia na Amazônia para deixarem os jovens produzirem sem a preocupação com seus pais/avós. Tereza, vivida por Weinberg, não tem a menor intenção de ir para esse lugar e começa uma jornada rio adentro para realizar um sonho.

O tapete estava lotado de jornalistas para conferir o lançamento brasileiro do filme, que aconteceu juntamente com a homenagem a Rodrigo Santoro. Ele ganhou o cortejado Kikito de Cristal, prêmio pelo conjunto da carreira.

Na hora do prêmio, o ator recebeu o troféu emocionado e saudou em particular o cinema independente, já que sua grande estreia na sétima arte foi justamente com o aclamado Bicho de Sete Cabeças, de Laís Bodanzky (2000). Santoro ressaltou como os trabalhos no Brasil são tão importantes em sua história quanto seus projetos no exterior. 

"É a primeira vez que eu estou recebendo um reconhecimento como esse aqui no Brasil, então é um momento muito especial para mim, especialmente pensando em tudo o que foi preciso para chegar até aqui", disse. "Eu nunca separei a minha carreira internacional da minha carreira no Brasil. É tudo uma jornada só, que começou profissionalmente há 32 anos".

Na ocasião, apresentando o filme, Gabriel Mascaro declarou que O Último Azul é uma história de esperança, sobre a pulsão de viver e de poder recomeçar em qualquer idade. "Quando os filmes falam do corpo idoso, é sempre em um sentido de nostalgia, de memória, de passado. Esse não. É uma história que pensa nesse corpo em um ideal desejante, cheio de vontades e sonhos", destacou o cineasta.

Recebido com aplausos e entusiasmo pela imprensa e pelo público presente, O Último Azul estreia oficialmente no dia 28 de agosto nos cinemas brasileiros.

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