Recife recebe o filme 'Meu Amigo Lorenzo' em primeira mão no Nordeste
Longa 'Meu Amigo Lorenzo', de André Luiz Oliveira, segue trajetória de Lorenzo Barreto, do diagnóstico de autismo à vida adulta
Publicado: 25/08/2025 às 19:34

(Divulgação)
O Recife será a primeira capital do Norte e Nordeste a receber o longa-metragem Meu Amigo Lorenzo, produção premiada do cineasta e músico André Luiz Oliveira. A sessão de estreia será no Cinema da Fundaj (Museu) nesta quinta-feira (25), e ele segue em cartaz até 4 de setembro.
A obra registra 15 anos da trajetória de Lorenzo Barreto, diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA) desde a infância, e propõe uma reflexão sobre o papel da música e do acolhimento no desenvolvimento de pessoas com autismo. O circuito de exibição em várias capitais do Norte, Nordeste e Centro Oeste é patrocinado pela Petrobras e realizado com apoio da Lei do Audiovisual/Ancine, do Governo Federal.
A programação inclui, no dia 31 de agosto (domingo), às 14h30, uma sessão especial do Circuito Inclusivo Petrobras, com exibição seguida de debate com André Luiz Oliveira, a musicoterapeuta Clarisse Prestes e profissionais especializados. A atividade, realizada em parceria com o projeto Alumiar (Fundaj) e o Fórum de Musicologia, busca estimular a criação de uma rede de apoio e troca de experiências entre profissionais e familiares que convivem com indivíduos autistas.
Premiado como Melhor Longa-metragem pelo público no Festival Primavera do Cine, em Vigo, na Galícia (Espanha), Meu Amigo Lorenzo começou a ser filmado em 2007, quando Clarisse Prestes convidou seu companheiro de vida André Luiz para registrar sessões de musicoterapia com Lorenzo, então com quatro anos de idade. As primeiras imagens, feitas em fita MiniDV, abriram caminho para um acompanhamento contínuo durante 15 anos, resultando em um retrato intimista do desenvolvimento artístico e pessoal do jovem.
“Percebi que ele tinha imensas qualidades musicais e enormes impossibilidades psicomotoras. Isso teve um impacto imenso sobre mim. Quando nos conhecemos, Lorenzo tinha 4 anos e não parei de filmá-lo até os 19. Sem nenhuma ideia do que iria fazer, muito menos que resultaria num filme de longa-metragem”, afirma André Luiz. “A música que flui através dele vem de uma região muito profunda do seu ser e é como o ar que respira. Tocar com ele, ouvi-lo e ser ouvido por ele foi e continua sendo extremamente prazeroso, luminoso, desafiador.”

