Maeve Jinkings leva DNA pernambucano para calçada da fama de Bonito
"Me sinto completamente parte dessa comunidade", afirma a atriz Maeve Jinkings ao Viver, durante o Bonito Cinesur — Festival de Cinema Sul-Americano
Publicado: 29/07/2025 às 06:00

Atriz é uma das homenageadas da iniciativa Pegadas da Memória do Cinema Sul-Americano, a inaugural calçada da fama de Bonito (MS) (Foto: Diego Cardoso)
Para onde Maeve Jinkings vai, um pedacinho da energia contagiante de Pernambuco segue junto. Em alta no horário das nove com o remake de Vale Tudo, interpretando a personagem Cecília, a atriz nasceu em Brasília, mas já recebeu até o Título Honorífico de Cidadã Pernambucana, em 2022, já que gravou na memória do estado alguns de seus mais significativos trabalhos, como Amor, Plástico e Barulho, de Renata Pinheiro, e O Som ao Redor e Aquarius, de Kleber Mendonça Filho.
Uma das homenageadas da iniciativa Pegadas da Memória do Cinema Sul-Americano, a inaugural ‘calçada da fama’ da 3ª edição do Bonito Cinesur — Festival Sul-Americano de Cinema, no Mato Grosso do Sul, Maeve apresentou a cerimônia de abertura ao lado do lendário ator baiano Antônio Pitanga. Em conversa com o Viver, durante o festival, ela destaca a importância que o nosso cinema teve em sua formação pessoal e profissional.
“Eu descobri a possibilidade de os atores serem autores, de desenvolverem sua própria voz em um universo de um realizador, através da cena pernambucana. Me sinto completamente parte dessa comunidade”, diz a atriz, acrescentando que quase figura o elenco de O Agente Secreto. “Tentei de várias formas conciliar a agenda. Estava em plena gravação da segunda temporada de DNA do Crime, então infelizmente não rolou. Torci e sigo torcendo muito pelo sucesso do filme, assim como O Último Azul, do Gabriel Mascaro, com quem eu fiz Boi Neon”.
A atriz segue celebrando a força do momento atual do cinema brasileiro, mesmo fazendo apontamentos importantes para a preservação do audiovisual nacional. “É inegável que estamos vivendo uma fase maravilhosa, tanto na nossa produção quanto no reconhecimento internacional. Mas ainda há muita coisa a ser feita, principalmente na questão da regulamentação do streaming, algo que mobiliza toda a classe”, afirma.
Com várias experiências simultâneas, no cinema, nas novelas e nas séries, Maeve revela como a presença em festivais como o Bonito Cinesur é satisfatória artisticamente. “Festivais de cinema foram cruciais na minha educação, são como faculdades condensadas em uma semana. E em um espaço como esse, que ainda por cima propõe essa integração com o cinema sul-americano, isso ganha uma dimensão cultural ainda maior”, garante.



