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HISTÓRIA

Confederação do Equador é tema de livros lançados hoje em Brasília

Comemorações do movimento revolucionário que marcou a história de Pernambuco chegam ao seu encerramento nesta terça-feira (30)

Andre Guerra

Publicado: 01/07/2025 às 06:00

Confederação completou 200 anos em 2024/Divulgação

Confederação completou 200 anos em 2024 (Divulgação)

Um dos primeiros marcos históricos do Primeiro Reinado, a Confederação do Equador completou 200 anos em 2024. As comemorações de seu bicentenário, promovidas pela Comissão Temporária Interna dedicada ao assunto, presidida pela senadora Teresa Leitão, já se encaminham para o encerramento. Nesta terça-feira, haverá o lançamento de seis livros no Salão Negro do Congresso Nacional, em Brasília.

Os professores George F. Cabral de Souza e Marcus Joaquim Maciel de Carvalho são os organizadores de Confederação do Equador: A Luta pela Cidadania na Construção do Brasil, enquanto Júlio Lima Verde é responsável por Os Mártires da Confederação do Equador no Ceará. Josemir Camilo de Melo, por sua vez, assina A Paraíba na Confederação do Equador. As outras três publicações são do diplomata e historiador pernambucano André Heráclio do Rêgo: A Primeira Revolução Constitucionalista Brasileira: A Confederação do Equador no Seu Bicententário, Visões Pernambucanas sobre a Independência e o Império: Joaquim Nabuco, Oliveira Lima, Gilberto Freyre e Evaldo Cabral de Mello e Entre o Império e a República: o Século XIX na Obra de Gilberto Freyre.

Movimento revolucionário republicano e constitucionalista que começou em Pernambuco, em 2 de julho de 1824, e se alastrou para outras (então) províncias, o evento histórico foi uma reação à política centralizadora de Pedro I, imperador que, após a Independência do Brasil em 1822, mostrava suas tendências monarquistas.

Uma das figuras locais mais importantes no processo foi Frei Caneca, grande mentor intelectual da Confederação, que acabou condenado à morte. “O esforço principal desse movimento é para que a Confederação seja conhecida em sua complexidade pelo país e, sobretudo, pelos pernambucanos”, enfatiza George F. Cabral de Souza.

"Muitas das questões discutidas naquele momento, como a federação, a distribuição tributária, a escravidão, a educação pública, o papel da cidadania nas decisões políticas, todas são questões que permanecem atuais. A relação entre os estados e o poder central, as desigualdades regionais e até mesmo a discussão sobre o que significa a ordem constitucional. Tudo isso reflete no agora", lembra ainda o professor.

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