Seminário em Brasília discute integração de arte, cultura e educação
Sseminário internacional "Experiências Internacionais que conectam arte, cultura e educação" trouxe relatório que mostra por que vale a pena aproximar essas áreas
Publicado: 26/06/2025 às 15:00

Semina?rio Internacional e Lanc?amento de relato?rio e boa pra?ticas (Foto: Divulgação)
Um encontro para celebrar cultura e educação. Foi nesse clima que Brasília recebeu, nesta quarta-feira (25), o seminário internacional Experiências Internacionais que conectam arte, cultura e educação, no Edifício Capital Financial Center, onde também foi apresentado um relatório que reforça a importância dessa união para reduzir desigualdades, melhorar o desempenho escolar e ampliar o acesso de crianças e jovens à cultura.
A publicação combina pesquisas, dados empíricos e experiências internacionais, oferecendo subsídios para o desenvolvimento de políticas públicas inovadoras e mais equitativas no país. O estudo também lança luz sobre desafios e oportunidades para o Brasil, trazendo exemplos de iniciativas consolidadas em países como França, Alemanha e Colômbia.
Entre as principais propostas do relatório estão o fortalecimento do currículo de artes com foco na equidade, a formação de redes colaborativas locais e o aprimoramento das estruturas de governança intersetorial. A análise parte do entendimento de que a integração entre arte, cultura e educação contribui não apenas para o desenvolvimento integral de crianças e adolescentes, mas também para o crescimento econômico e a promoção de habilidades fundamentais em um mundo cada vez mais automatizado.
Segundo dados do Observatório Fundação Itaú, entre 2012 e 2020, a chamada economia da cultura e do setor criativo cresceu, em média, 2,2% ao ano no Brasil — enquanto o PIB nacional registrou retração média de 0,4% no mesmo período. Além disso, 28% dos trabalhadores desse setor estão empregados em outras áreas da economia, evidenciando o impacto transversal das competências artísticas e culturais.
O relatório também evidencia que as desigualdades socioeconômicas, territoriais e étnico-raciais no Brasil afetam diretamente o acesso de estudantes às atividades culturais e artísticas. Embora a participação de jovens de baixa renda em ações culturais seja superior à média da OCDE, o Brasil apresenta uma das maiores disparidades entre estudantes de diferentes origens socioeconômicas, com uma diferença de 5,2 pontos percentuais — quase o dobro da média da OCDE (2,9 pontos).




