Imip apresenta balanço de 2025 e metas de ampliar atendimento humanizado para 2026
Em visita ao Diario de Pernambuco nesta quinta (18), a presidente do Imip, Silvia Rissin, e a superintendente-geral, Tereza Campos, fizeram um balanço sobre o ano de 2025 e anunciaram metas para 2026
Publicado: 18/12/2025 às 14:42
Superintendente-geral Tereza Campos detalhou metas do Imip para 2026 (RAFAEL VIEIRA/DP)
Com a ideia de melhorar e ampliar o atendimento aos pacientes, o Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip) tem como meta para 2026 reestruturar as áreas de obstetrícia e pediatria. A informação foi confirmada com a presidente do instituto, Silvia Rissin, e com a superintendente-geral, Tereza Campos, em visita ao Diario de Pernambuco, nesta quinta-feira (18).
As novas reformas, segundo elas, têm o propósito de tornar o atendimento e o cuidado dos pacientes mais humanizado.
“Nossas grandes agendas para 2026 é reestruturar ainda mais as áreas da pediatria e da obstetrícia, além de dar continuidade a outras obras, além da aquisição de uma ressonância e de mais um tomógrafo para o hospital. A ideia é que a gente continue cuidando das pessoas com segurança e qualidade”, ressaltou Tereza Campos.
Segundo o Imip, mais de 60 obras foram executadas este ano na unidade de saúde, incluindo adequações estruturais às normas vigentes do Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco (CBMPE), novas instalações do Lactário, Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica, além da aquisição de mais de 90 equipamentos para o parque tecnológico.
Balanço de 2025
Segundo o balanço feito pelo instituto, mais de 3 milhões de atendimentos, sendo cerca de 500 mil consultas e 2 milhões de exames laboratoriais, foram realizados em pacientes predominantemente de Pernambuco, mas também de outros estados do Nordeste.
Dentro desse quantitativo, foram realizados em média cerca de 350 transplantes, além de 400 parto por mês, boa parte deles considerados de alto risco.
Outro ponto que o Imip destaca foi o fato de zerar a fila de pacientes esperando Implante Coclear, dispositivo eletrônico cirúrgico que substitui a função do ouvido interno de um paciente com surdez.
Além disso, o instituto recebeu a primeira cirurgia cardíaca pediátrica com teleorientação pelo Sistemas Único de Saúde (SUS) no estado, além de ser o único hospital filantrópico 100% SUS do Brasil a integrar a Rede Nacional de UTIs Inteligentes.
O Imip também aderiu ao programa Agora Tem Especialistas, do Governo Federal. Coordenado pelo Ministério da Saúde, a iniciativa pretende ampliar o número de atendimentos e reduzir o tempo de espera por consultas e cirurgias especializadas pelo SUS.
Dentro da área de oncologia, o Imip supera, segundo Tereza Campos, a média de cura de Pernambuco e de alguns estados do Brasil, que atualmente é de 50%, enquanto o do instituto é de 85%
Esse número, segundo a superintendente-geral, se assemelha a dados de instituições de saúde dos Estados Unidos e está diretamente associado aos protocolos estabelecidos na unidade de saúde, no qual envolve número de quimioterapias, cuidados com o paciente, além da questão dos medicamentos.
Dentro da área de estudos e aprendizados, o Imip conta com mais de 500 residentes, além de mais de 240 pesquisadores, fator que promove a união entre assistência, ensino, pesquisa e inovação.
Problemas
Mesmo com esses números, a superintendente-geral do Imip, Tereza Campos, relata que existem algumas dificuldades para manter o hospital funcionando sem um déficit de qualidade.
“Eu diria que temos algumas dificuldades para manter esse padrão de qualidade que buscamos aqui, no Imip, sendo um deles a questão do financiamento feito pelo SUS. É um problema crônico. A segunda dificuldade é trazer pessoas qualificadas para trabalhar e que tenham um olhar atento ao atendimento humanitário”, explicou.
Com relação aos problemas envolvendo os obstetras da unidade, que entregaram carta de demissão, em meados de setembro e outubro deste ano, após alegarem baixa remuneração e sobrecarga de trabalho, Tereza Campos afirma que tudo foi resolvido.
“Na época havia duas situações, os obstétricos queriam que resolvêssemos os seus problemas, porém, se fizermos isso de forma isolada, futuramente poderiam surgir novos problemas em outros setores. Com isso, procuramos o Ministério da Saúde que apresentou um aporte de recurso para que conseguíssemos pagar as contas, dando reajuste aos mais de mil médicos que trabalham no Imip”, finalizou.