Licitação para linhas para o transporte público terá reforço de 100 ônibus elétricos
O fornecimento dos veículos, por parte do governo federal, faz parte do acordo assinado entre os governos federal e estadual para requalificação do Metrô do Recife
Publicado: 17/12/2025 às 17:08
Paradas de ônibus são alteradas durante obras na BR-101 Norte (Divulgação)
No primeiro semestre de 2026, o governo do estado deverá licitar, novamente, os cinco lotes remanescentes (3 a 7) do Sistema de Transporte Público de Passageiros da Região Metropolitana do Recife (STPP/RMR). Para garantir que, desta vez, empresas ou consórcios interessados em explorar os serviços apresentem propostas, o estado conseguiu a garantia de que a União forneça 100 novos ônibus elétricos para a operação.
Esses lotes chegaram a ser licitados em 2013, mas os contratos nunca foram assinados por causa do alto custo previstos – em uma época de grande instabilidade econômica. Eles envolvem um total de 269 linhas em áreas do Recife e também de cidades da RMR.
De acordo com o secretário de Mobilidade de Infraestrutura do estado, André Teixeira Filho, esse seria um dos compromissos assumidos pelo governo federal, na última terça-feira (16), durante a assinatura do Acordo de Cooperação Técnica (ACT) entre a União e o estado para o projeto de concessão do Metrô do Recife.
“Esse foi um dos acertos firmados para garantir a melhoria da mobilidade na RMR mesmo antes das mudanças no metrô”, explicou ele. Todos os ônibus, além de mais sustentáveis, serão mais modernos e dotados de ar condicionado para melhor atender o usuário.
Cerca de 83% dos ônibus que circulam no Grande Recife não são equipados com ar-condicionado. Dos 2.482 ônibus em circulação, apenas 410 têm refrigeração. O dado é do Grande Recife Consórcio de Transporte.
O apontamento é um entre tantos outros atrelados ao “quadro crítico” pelo qual os coletivos que atendem a Região Metropolitana da capital estão em estão passando, segundo o Ministério Público de Pernambuco (MPPE).
Em novembro, o órgão recomendou providências urgentes por parte consórcio para reverter essa situação. Segundo o órgão, a continuidade da deterioração da frota pode elevar para mais de 70% o número de veículos fora da vida útil até o fim de 2026.