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Metrô do Recife: estadualização não acontecerá antes da privatização

O governo do estado ficará responsável pela regulação e fiscalização somente após a concessão do sistema prevista para ser concluída em 2027

Pupi Rosenthal

Publicado: 17/12/2025 às 15:40

Metrô do Recife/Foto: Divulgação

Metrô do Recife (Foto: Divulgação)

Ao contrário do que tinha sido anunciado anteriormente, tanto pelo governo federal como pelo estadual, a concessão do sistema do Metrô do Recife não vai passar mais pela etapa da estadualização.

De acordo com o Acordo de Cooperação Técnica (ACT) assinado na terça-feira (16), será feita a concessão do serviço para a iniciativa privada através do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.

“Após três anos construindo uma solução com a União, esse foi o modelo ideal para resolvermos os problemas do metrô para garantir um melhor serviço a todos”, explicou o secretário de Mobilidade e Infraestrutura de Pernambuco (Semobi), André Teixeira Filho.

No final de agosto deste ano, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que a e a transferência da gestão do Metrô do Recife para o governo estadual aconteceria “em poucas semanas”, cabendo ao estado comandar o processo de concessão.

André Teixeira explicou ainda que, após a transferência para a iniciativa privada, prevista para ser concluído em março de 2027, o estado passará a ser responsável pela gestão da concessão, incluindo a regulação e fiscalização.

Além disso, o Governo de Pernambuco vai receber os R$ 4 bilhões para investir diretamente no sistema. “Esse dinheiro vai passar para a conta do estado administrar, mas vai repassar esse valor para a concessão. Esse dinheiro só pode ser gasto na concessão, para investimentos no metrô”, ressaltou.

Antes disso, o secretário confirmou que serão investidos R$ 57 milhões até o final de 2026 na reestruturação das estações e um total de 11 trens mais modernos reformados virão de outros estados para reforçar a frota do Metrô do Recife. Os novos mesmos ficarão a cargo do futuro concessionário adquirir.

“São equipamentos em condições muito melhores do que os existentes hoje aqui e totalmente aptos tecnicamente a funcionar no sistema local”.

Outro ponto previsto no ACT foi o repasse anual de R$ 80 milhões dos cofres estaduais para o futuro concessionário a título de subsídio das passagens, evitando assim um aumento nesse valor para o usuário. O secretário explicou que essa foi uma contrapartida acatada pela gestão estadual.

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