Justiça condena a mais de 100 anos de prisão responsáveis pela chacina de conselheiros tutelares e idosa em Poção
A Justiça de Pernambuco condenou dois réus a 101 anos e quatro meses de prisão, e o terceiro acusado a 12 anos e seis meses de reclusão pelos homicídios de três conselheiros tutelares em Poção, no Agreste, em 2015, por conta de uma disputa pela guarda de uma criança
Publicado: 11/12/2025 às 09:22
TJPE fica no Recife (Arquivo)
A Justiça de Pernambuco condenou três homens pelos assassinatos de três conselheiros tutelares e uma idosa, na cidade de Poção, no Agreste. Conhecido como “Chacina de Poção”, o crime aconteceu em 2015, por conta disputa pela guarda de uma criança. Dois réus foram condenados a 101 anos e quatro meses de prisão, enquanto o terceiro pegou 12 anos e seis meses de reclusão, no julgamento iniciado nesta quarta (10), e finalizado na madrugada desta quinta (11). As informações são do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE).
Egon Augusto Nunes de Oliveira e Ednaldo Afonso da Silva foram condenados a 101 anos e quatro meses de prisão cada um, pelos crimes de homicídio qualificado (cometido mediante paga ou promessa de recompensa, ou por motivo torpe; à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido; e para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime) de quatro pessoas.
Já Orivaldo Godê de Oliveira, pegou 12 anos e seis meses de reclusão pelo homicídio simples do conselheiro tutelar Lindenberg Nóbrega de Vasconcelos. O acusado foi absolvido dos demais homicídios.
O crime aconteceu em fevereiro de 2015 em Poção, no Agreste, por conta de uma disputa da guarda de uma criança. As vítimas foram José Daniel Farias Monteiro, Lindenberg Nóbrega de Vasconcelos e Carmem Lúcia da Silva, três conselheiros tutelares do município, além da senhora Ana Rita Venâncio, avó materna da criança Ana Cláudia Venâncio de Britto Siqueira (na época com três anos de idade), a única sobrevivente do caso.
Outra condenação
No dia 27 de fevereiro de 2024, na 4ª Vara do Tribunal do Júri da Capital, outro acusado pelo crime, Wellington Silvestre dos Santos, foi sentenciado a um total de 74 anos e 8 meses de reclusão em regime inicialmente fechado em razão da prática dos mesmos quatro homicídios qualificados.