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Tragédia

Morte de família: área destruída por fogo criminoso no Recife pode virar conjunto habitacional

Prefeito João Campos disse, nesta quinta (4), que falou com o presidente Lula (PT) e vai pedir ao governo federal a posse do terreno da Comunidade Icauã, onde mãe e quatro filhos morreram queimados

Bartô Leonel

Publicado: 04/12/2025 às 13:26

Rescaldo do incêndio na Caxangá. 
/Foto: Francisco Silva/ DP foto

Rescaldo do incêndio na Caxangá. (Foto: Francisco Silva/ DP foto)

A Prefeitura do Recife informou que vai solicitar ao governo federal a liberação do terreno da comunidade Icauã, na Iputinga, na Zona Oeste do Recife, destruída por um incêndio criminoso, no dia 29 de outubro deste ano.

Após uma briga de casal, o eletricista Aguinaldo Alves, o Guel, trancou a família na casa e ateou fogo, matando a mulher e quatro filhos pequenos.

Guel foi preso e está à disposição da Justiça. Das cerca de 30 moradias, 20 foram destruídas pelo fogo e 10 tiveram que ser demolidas pela prefeitura por questões de segurança.

O crime gerou grande repercussão nacional. Na visita a Pernambuco, na terça (2), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), convocou a população para se mobilizar contra a violência doméstica e os feminicídios, que ficam configurados quando as mulheres são assassinadas por companheiros e ex-companheiros.

Em Suape, no Grande Recife, em Cupira, no Agreste, Lula citou o caso do assassinato de Isabele e dos quatro filhos, Aline (7 anos), Aguinaldo Filho (4), Adriel (2) e Ariel (1 ano).

Nesta quinta (4), durante o anúncio dos artistas que vão se apresentar no Carnaval 2026, o prefeito João Campos (PSB) falou sobre o plano de construir um habitacional na área da comunidade Icauã, usando o Programa Minha Casa Minha Vida.

Segundo o prefeito, a administração municipal já havia demonstrado interesse em fazer um conjunto popular naquela área.

“Falei com Lula e, na visita, ele comentou o esse caso. A prefeitura solicitou. Quero fazer inscrição no Minha casa Minha Vida”, disse João Campos.

Ainda segundo o prefeito, o presidente deu autorização para a prefeitura entrar em contato com o Ministério das Cidades.

“Lula disse que poderia falar com o ministro Jáder (Barbalho Filho) e solicitar a ele. A gente precisa receber da União e dar entrada no Minha casa Minha Vida para fazer habitacional lá”, acrescentou.

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