Prisão preventiva é decretada para homem acusado de matar grávida em São Bento do Una
O juiz ressalta ainda que fatores como primariedade, bons antecedentes, trabalho formal ou residência fixa não impedem a adoção da medida
Publicado: 14/11/2025 às 14:49
Delegacia de São Bento do Una, no Agreste, onde ocorreu a prisão (Divulgação/SDS-PE)
A Justiça de Pernambuco decretou a prisão preventiva de Arnaldo Aguinaldo Nunes Soares, acusado de matar a jovem grávida Júlia Eduarda Andrade dos Santos, 26 anos, encontrada morta na Zona Rural de São Bento do Una, no Agreste, após sete dias de desaparecimento. A decisão, divulgada hoje (14), aponta que não há outras medidas cautelares capazes de garantir a investigação e a ordem pública, diante da gravidade do crime.
Júlia estava grávida de quatro meses e era mãe de outras quatro crianças. Ela saiu de casa na manhã de 5 de novembro, por volta das 7h20, para encontrar o pai do bebê que esperava. Segundo um familiar, o encontro seria para que ela recebesse dinheiro destinado a um exame de ultrassom. Desde então, não foi mais vista. Seu corpo foi localizado com golpes de arma branca, o que intensificou a mobilização policial na região até a identificação do principal suspeito, Arnaldo Aguinaldo.
Na decisão judicial, o magistrado afirma que a prisão preventiva é, neste caso, imprescindível para assegurar o curso das investigações e a futura aplicação da lei penal. O juiz destaca que as medidas cautelares previstas no artigo 319 do Código de Processo Penal são insuficientes, devido à “gravidade concreta do crime” e ao risco de comprometimento da instrução criminal.
“Diante dos elementos contidos nos autos, não vislumbro outra possibilidade senão a decretação da prisão preventiva”, diz o texto. O juiz ressalta ainda que fatores como primariedade, bons antecedentes, trabalho formal ou residência fixa não impedem a adoção da medida, quando presentes os requisitos legais para a custódia.