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Vida Urbana
VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS

MPPE vai acompanhar protocolo de segurança em escolas de cidade onde aluna morreu após espancamento

Projeto municipal prevê série de ações conjuntas para promover ambiente escolar mais seguro

Adelmo Lucena

Publicado: 11/11/2025 às 19:13

Alícia Valentina foi espancada em banheiro da escola onde estudava /Foto: Reprodução/Redes Sociais

Alícia Valentina foi espancada em banheiro da escola onde estudava (Foto: Reprodução/Redes Sociais )

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) instaurou um procedimento administrativo para acompanhar a implementação do Protocolo de Promoção da Segurança e Bem-Estar nas escolas no município de Belém do São Francisco, no Sertão do Estado. Em setembro, a aluna Alicia Valentina, de 11 anos, morreu ao ser espancada dentro do banheiro da escola onde estudava.

A decisão, publicada em portaria datada de 6 de novembro de 2025, tem como objetivo garantir que a rede de ensino local adote medidas efetivas de prevenção à violência e de promoção de um ambiente escolar acolhedor, inclusivo e seguro para estudantes e profissionais.

A medida foi adotada pela Promotoria de Justiça local após uma reunião extrajudicial realizada em 22 de outubro, que discutiu o tema com representantes da Secretaria Municipal de Educação e demais atores da rede de proteção.

Durante o encontro, foi apresentada a minuta do protocolo elaborado pela comissão especial do município, que prevê ações conjuntas entre escolas, órgãos públicos e instituições de segurança e saúde para a prevenção de episódios de violência nas unidades de ensino.

De acordo com o MPPE, o acompanhamento visa assegurar que o protocolo atenda às diretrizes legais e aos princípios constitucionais que regem o direito à educação e à proteção integral de crianças e adolescentes. O Ministério Público ressalta que a iniciativa está alinhada a uma lei federal que estabelece medidas de prevenção e combate à violência nas escolas, e em outra que determina a presença de psicólogos e assistentes sociais nas redes públicas de educação básica.

Entre as primeiras diligências determinadas, o MPPE encaminhou a minuta do protocolo ao Centro de Apoio Operacional (CAO) Educação do órgão para análise e sugestões, e comunicou a instauração do procedimento ao CAO Infância e Juventude, que também acompanhará o caso.

O procedimento terá prazo inicial de um ano, prorrogável se necessário, para acompanhamento e conclusão das ações previstas.

O Diario de Pernambuco procurou a Prefeitura de Belém de São Francisco, ma snão obteve retorno.

Caso Alícia

A estudante Alícia Valentina morreu após sofrer um traumatismo craniano causado ´pr um espetáculo coletivo dentro do banheiro da escola onde estudava em Belém do São Francisco. A menina foi agredida no dia 3 de setembro, na Escola Municipal Tia Zita e morreu quatro dias depois.

Nas imagens feitas por câmeras de segurança da escola é possível ver quando Alícia passa por um corredor e entra no banheiro, onde havia um grupo de alunos. O vídeo mostra uma das crianças sendo empurrada e logo em seguida a menina sai do local com uma mão no ouvido esquerdo. Um menino que presenciou as agressões avisou a uma funcionária sobre o ocorrido.

Depois de ser espancada, Alícia foi levada para o hospital do município, onde recebeu medicação e foi liberada. Em casa, apresentou sangramento no ouvido e a mãe a levou a um posto de saúde.

Depois de ser espancada, Alícia foi levada para o hospital do município, onde recebeu medicação e foi liberada. Ela morreu no Hospital da Restauração, no Recife.

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