Caso Esther: família espera que perícia e inquérito sejam concluídos até sexta, diz advogada
Segundo a defensora Carolina Aguiar, a conclusão do laudo pericial deve apontar se houve violência sexual contra a menina Esther Isabelly, de 4 anos, achada morta em São Lourenço da Mata.
Publicado: 27/10/2025 às 13:44
Menina foi encontrada pelo tio dentro de uma cacimba localizada no bairro de PIxete, em São Lourenço da Mata (Fotos: Sandy James/DP Foto)
A família de Esther Isabelly está com expectativa de que sejam concluídos, até a sexta-feira (31), o laudo pericial e o inquérito policial que apura as circunstâncias da morte da menina de 4 anos.
Ela foi encontrada dentro de uma cacimba, em São Lourenço da Mata, no Grande Recife.
Em entrevista ao Diario de Pernambuco, nesta segunda (27), a advogada da família, Carolina Aguiar, afirmou que os próximos passos do processo só serão dados após a conclusão do inquérito da Polícia Civil de Pernambuco (PCPE).
“Estamos aguardando a conclusão do inquérito e do laudo pericial e acreditamos que até sexta (31) seja finalizado. Quando finalizar, o delegado responsável vai, diante de todos os indícios, encaminhar o caso para o Ministério Público, para que o órgão ofereça a denúncia, podendo ser incluso outros crime”, explicou a advogada.
A conclusão do laudo pericial irá comprovar se houve ou não violência sexual contra Esther Isabelly.
Apesar do andamento do processo depender da conclusão do inquérito policial, a advogada afirma que novas prisões preventivas podem acontecer a qualquer momento.
“Existe a possibilidade que novas prisões preventivas sejam feitas e é o que nós queremos e pedimos. Qualquer pessoa que contribuiu, direta ou indiretamente, para a morte de Esther deve ser responsabilizada”, ressaltou Carolina Aguiar.
Até o momento, os dois moradores do imóvel em que a menina foi achada, identificados como Fernando Santos de Brito, de 31 anos, e Fabiano Rodrigues de Lima, de 27, estão presos preventivamente no Presídio de Itaquitinga, na Zona da Mata Norte, por ocultação de cadáver – e não por homicídio.
Ambos os suspeitos negam participação na morte de Esther e alegam que não estavam em casa no momento em que o corpo foi levado para lá.
A PCPE também trabalha com a hipótese de que uma mulher esteve no imóvel no dia do crime e se ela sabia da presença do corpo ou ajudou a escondê-lo na cacimba – cenário em que deveria ser responsabilizada criminalmente.
Em interrogatório, a mulher negou que tenha entrado no imóvel. Segundo relata, ela também teria se mudado há cerca de um mês e não tinha mais a chave da casa.
Relembre o caso
Esther desapareceu na tarde de segunda-feira (20), enquanto brincava com os irmãos, de 10, 8 e 7 anos, perto de um campo de futebol, no bairro Pixete, próximo à casa das crianças.
Em depoimento, os meninos afirmaram ter visto o momento em que um homem encapuzado teria arrebatado a criança e levado o imóvel de Fernando e Fabiano. As crianças, no entanto, não souberam apontar a identidade do criminoso.
O sumiço de Esther mobilizou o bairro. Familiares e vizinhos fizeram buscas e chegaram a ir à casa onde o corpo da menina seria encontrado, na tarde de terça-feira (21), no fundo da cacimba. O desaparecimento durou cerca de 21 horas.
O cadáver apresentava lesões no rosto. Ao lado do corpo, também havia um preservativo e uma caixa de chocolates.
Perícia do Instituto Médico Legal apontou que a causa da morte teria sido traumatismo cranioencefálico provocado por instrumento contundente. A hipótese de crime sexual também é investiga