Passageiro assume direção após motorista ser ofendido e deixar ônibus na rua no Recife
De acordo com informações do Sindicato dos Rodoviários de Pernambuco, o motorista optou por descer do veículo para evitar que a situação se agravasse. Caso foi registrado nesta sexta (24), no Recife
Publicado: 24/10/2025 às 15:37
Passageiro assumiu controle de ônibus após motorista descer de veículo por ter sido ofendido (Reprodução de vídeo/TV Guararapes)
Um motorista de ônibus que fazia a Linha Pelópidas – Macaxeira, no Grande Recife, abandonou o veículo com passageiros após ser agredido verbalmente. O caso aconteceu nas proximidades do Terminal Macaxeira, no bairro de mesmo nome, na Zona Norte do Recife, na tarde desta sexta-feira (24). Na ocasião, um passageiro assumiu o controle do coletivo.
De acordo com informações do Sindicato dos Rodoviários de Pernambuco, o motorista optou por descer do veículo para evitar que a situação se agravasse. Ele teria deixado a chave no coletivo e um dos passageiros decidiu conduzir o ônibus, que foi deixado nas proximidades do terminal.
O caso foi registrado por passageiro do veículo. Uma mulher chega a brincar: "sextou”.
Como foi
De acordo com o motorista Adenilson da Silva, de 53 anos, ele foi ofendido por dois passageiros após pedir para que uma idosa saísse da passagem do coletivo. A passageira teria proferido ofensas contra junto com um homem que teria ficado incomodado com a atitude do condutor.
"Eu parei o veículo e disse para o me respeitar. Eu não tinha mais condições de seguir viagem, parei no acostamento e desci do veículo. Liguei para a empresa para que uma pessoa pudesse me render. Deixei minhas coisas no veículo e me afastei por uns 500 metros. Quando voltei o ônibus não estava mais lá", relata o condutor com 14 anos de expericência.
Ele conta que um homem que já estava dentro do veículo sentou na cadeira e levou o ônibus até as proximidades do terminal. "Eu liguei para a empresa e disse o que aconteceu. A empresa viu pelo GPS que o ônibus estava parado perto do TI Macaxeira", complementa.
Adenilson ainda destacou que não está em condições psicológicas para voltar a trabalhar. "É um trabalho muito árduo, as pessoas são complicadas. Eu não abandonei o veículo, eu estacionei para esfriar a cabeça", afirma.