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CRIME

"Um joga a culpa para o outro", diz pai de Esther sobre dupla presa por ocultação do corpo

Segundo a Polícia Civil, os dois homens detidos na terça (21) foram autuados por ocultação de cadáver. A corporação não informou oficialmente se houve autuação pelo assassinato

Diario de Pernambuco

Publicado: 22/10/2025 às 11:52

Inaldo Santos, pai de Esther Isabelly/Rafael Vieira/DP Foto

Inaldo Santos, pai de Esther Isabelly (Rafael Vieira/DP Foto)

O pai da menina Esther Isabelly, de 4 anos, encontrada em uma cacimba em São Lourenço da Mata, no Grande Recife, nesta terça-feira (21), falou sobre os dois homens presos pela ocultação do corpo da criança.

“Aí vai depender da situação da polícia para poder averiguar. Porque um joga a culpa para um, para o outro, um diz que não foi, o outro diz que foi”, afirmou Inaldo Santos para a imprensa, nesta quarta-feira (22), na frente do Instituto de Medicina Legal (IML), em Santo Amaro, no centro do Recife.

Segundo a Polícia Civil, os dois homens detidos na terça (21) foram autuados por ocultação de cadáver. A corporação não informou oficialmente se houve autuação pelo assassinato.

Os suspeitos, que não tiveram nomes divulgados oficialmente, têm 27 e 31 anos.

“As investigações seguem em andamento para apurar todas as circunstâncias do caso, não estando descartadas outras tipificações penais. O resultado das perícias e das escutas especializadas já iniciadas será fundamental para o esclarecimento completo dos fatos e para a individualização das responsabilidades”, informou a nota.

Relembre o caso

Esther Isabelly, de 4 anos, de cabeça para baixo e dentro da água em uma cacimba de 3,7 metros de profundidade, em uma casa no bairro do Pixete, em São Lourenço da Mata, no Grande Recife.

Na área onde Esther foi encontrada, foram achados também objetos supostamente usados em rituais religiosos e um preservativo, informou o delegado Sérgio Ricardo, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), poucas horas após a localização do corpo da criança.

Ainda segundo o delegado, não pode ser descartada a possibilidade de crime sexual. “Vamos fazer uma perícia complementar na cacimba, para saber se há algum objeto relacionado ao crime”, observou.

Segundo José Augusto, tio da criança e responsável por achar seu corpo, a menina tinha marcas roxas nas pernas e um lado do seu rosto, assim como sua testa, estava inchado.

“A bochecha, não sei se do lado direito ou esquerdo, e a testa estavam muito inchadas, muito inchadas mesmo, tipo uma pancada muito forte dada na cabeça da criança, tá entendendo?”, relembrou.

“Quando o IML chegou, que foi botar ela num saquinho, deu pra ver mesmo que a cara dela estava muito inchada. Então, ele deve ter dado uma pancada nela para desmaiar, porque uma criança não ia ficar calada durante a noite”, declarou.

Ainda segundo José Augusto, Esther estava vestida apenas com a parte de cima das roupas: “A parte de baixo ela não estava. Até então, a gente não sabe se eles violaram ela ou não, entendeu? Eu não sei explicar se eles tocaram nela, se eles abusaram dela, eu não sei”.

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