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Calor e baixa umidade elevam risco de incêndios florestais em Pernambuco, diz SDS

De acordo com o Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco (CBMPE), a maior parte das ocorrências registradas tem origem em ações humanas, muitas vezes provocadas por descuido, práticas inadequadas ou até de forma intencional

Larissa Aguiar

Publicado: 06/10/2025 às 17:54

Com a chegada dos meses mais quentes, Pernambuco enfrenta um aumento expressivo no risco de incêndios florestais. Entre outubro e março, o calor intenso, a baixa umidade e os ventos fortes criam as condições ideais para a propagação rápida do fogo. Diante desse cenário, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Defesa Social (SDS), reforça o alerta à população e destaca a importância da prevenção para evitar tragédias ambientais, prejuízos materiais e riscos à vida humana.

De acordo com o Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco (CBMPE), a maior parte das ocorrências registradas tem origem em ações humanas, muitas vezes provocadas por descuido, práticas inadequadas ou até de forma intencional. As consequências das queimadas vão muito além da destruição da vegetação: comprometem o equilíbrio ecológico, agravam doenças respiratórias, colocam em risco comunidades próximas e mobilizam recursos públicos que poderiam ser destinados a outras emergências.

“Grande parte dos incêndios florestais pode ser evitada com atitudes simples. É fundamental que as pessoas não utilizem o fogo para limpar terrenos, descartem corretamente o lixo e jamais joguem pontas de cigarro em áreas com vegetação seca. Cada ação de cuidado faz diferença na preservação do meio ambiente e na segurança de todos”, alerta o comandante do CBMPE, coronel Francisco Cantarelli.

As recomendações do Corpo de Bombeiros incluem não realizar queimadas para limpeza de áreas, manter terrenos limpos sem o uso de fogo e evitar o descarte de resíduos como vidro e plástico em locais abertos, pois eles podem potencializar a ignição. Também é essencial não acender fogueiras nem soltar balões, prática proibida por lei e considerada crime ambiental. Em áreas rurais, a orientação é criar aceiros, o que ajuda a impedir que as chamas se espalhem.

Além dos impactos ambientais, os incêndios demandam intensa mobilização das Operativas da SDS. O Corpo de Bombeiros atua diretamente no combate ao fogo, enquanto a Polícia Civil investiga as causas e identifica possíveis responsáveis. Segundo o CBMPE, uma ocorrência aparentemente pequena pode se estender por horas ou dias, exigindo grande esforço humano, logístico e financeiro.

De janeiro a setembro de 2025, o Corpo de Bombeiros já registrou 691 ocorrências de incêndios em vegetação em todo o Estado. O número deve aumentar nos próximos meses devido à chegada do período mais seco e quente do ano. Outras demandas atendidas pela corporação no mesmo período incluem 726 incêndios em residências, 369 em meios de transporte terrestre, 331 em vias públicas e 187 em edificações comerciais.

A orientação em caso de fogo fora de controle é manter distância segura e acionar imediatamente o Corpo de Bombeiros pelo número 193.

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