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CRIME

Hacker pernambucano que teve acesso a 239 milhões de chaves pix é alvo principal de operação da PC gaúcha

Segundo a Polícia Civil do Rio Grande do Sul, foram cumpridos nesta terça-feira (17) três mandados de prisão e outros três de busca e apreensão em Pernambuco, Rio Grande do Norte e São Paulo

Diario de Pernambuco

Publicado: 16/09/2025 às 10:45

Hacker /Freepik

Hacker (Freepik )

A Operação Medici Umbra 3 - A Fonte, deflagrada pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul, cumpriu três mandados de prisão preventiva e outros três de busca e apreensão, na manhã desta terça-feira (16). Em Pernambuco está o alvo principal da operação: um homem de 26 anos, investigado por suspeita de invadir sistemas governamentais para obter e revender os dados.

Segundo a PC gaúcha, ele é chamado de a “fonte”, o pilar técnico do grupo, e teria afirmado em conversas que extraiu o sistema de busca de ativos e que teve acesso a 239 milhões de dados de chaves pix. Ele também teria obtido dados sensíveis relacionados à segurança pública e inteligência e sistemas de trânsito em diversos estados.

Até a manhã desta terça-feira, duas pessoas haviam sido presas. A operação conta com o apoio operacional da Polícia Civil de Pernambuco, além das do Rio Grande do Norte e de São Paulo, onde também foram cumpridos os mandados de prisão e de busca e apreensão.

Conforme a polícia gaúcha, a fraude se desenrolava a partir de uma estrutura criminosa altamente técnica e compartimentada, que ia desde a invasão de sistemas governamentais sensíveis até a fraude direta contra as vítimas. A fonte vendia o acesso a essas informações para intermediários, que eram donos de painéis de consultas ilícitas desses dados, obtidos mediante invasões.

Um desses intermediários seria um homem de 26 anos do Rio Grande do Norte, também alvo da operação nesta terça, que criou uma plataforma de "puxadas" (nome para as consultas ilegais de dados) em grupos de conversas, para atrair outros criminosos e vender acesso a informações sensíveis.

Ainda segundo a PC do Rio Grande do Sul, a “fonte” também havia fornecido dados para alvos de outras operações anteriores. Na ponta da cadeia, os executores utilizavam os dados obtidos para aplicar fraudes variadas ou crimes diversos contra vítimas selecionadas.

Um homem de 26 anos, residente em São Paulo, que atuava como membro central da célula de execução da fraude contra médicos gaúchos (Operação Medici Umbra 1), deflagrada em junho, também foi preso nesta terça, fechando o ciclo da organização.

Participaram da ação operacional mais de 50 policiais civis do Rio Grande do Sul, Pernambuco, Rio Grande do Norte e São Paulo. Durante a operação, foram cumpridas as ordens judiciais de prisão e de busca, visando a apreensão de mais dispositivos eletrônicos e outros elementos de prova para a total desarticulação da organização criminosa.

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