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Alerta para  leishmanioses: saiba como diagnosticar e prevenir doenças

Diante dos riscos de propagação da doença, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE)  alerta para as formas de diagnóstico e prevenção. Até domingo (17), haverá ações de conscientização na Semana Nacional de Controle e Combate à Leishmaniose

Diario de Pernambuco

Publicado: 13/08/2025 às 15:38

Amostras de sangue para confirmar leishmaniose/Foto: Free pik

Amostras de sangue para confirmar leishmaniose (Foto: Free pik)

Pernambuco confirmou, até os primeiros dias de agosto deste ano, 30 casos de leishmaniose visceral (LV). Em 2024, houve 44 confirmações. Em 2023, o estado teve 66 ocorrências confirmadas.

Sobre a leishmaniose tegumentar (LT), foram confirmados: em 2023, 183 casos; em 2024, 209, e 80, até os primeiros dias de agosto de 2025. 

Segundo o governo de Pernambuco, são doenças infecciosas graves que podem atingir pessoas e animais, provocando quadro de febre de longa duração, falta de apetite, barriga inchada, lesões na pele e/ou mucosas, estas mais frequentes no nariz, boca e garganta.

Diante dos riscos de propagação da doença, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) alerta para as formas de diagnóstico e prevenção.

Até domingo (17), haverá ações de conscientização na Semana Nacional de Controle e Combate à Leishmaniose.

“As leishmanioses são doenças que podem evoluir para formas clínicas graves e, no caso da leishmaniose visceral, levar ao óbito se não forem diagnosticadas e tratadas precocemente. Por isso, esta data se torna uma oportunidade estratégica para sensibilizar a população sobre os riscos dessas doenças e ampliar o acesso a informações sobre os sinais e sintomas, modos de transmissão, diagnóstico, tratamento e, sobretudo, as formas de prevenção”, destaca a coordenadora estadual de Vigilância dos Programas de Esquistossomose, Geo-helmintíase e Leishmaniose Visceral, Mariana Nascimento.

Incidência

Em Pernambuco, a leishmaniose visceral tem maior incidência nas regiões do Sertão e Agreste, enquanto a forma tegumentar é mais frequentemente registrada no Grande Recife e nas Zonas da Mata Norte e Sul.

Esse perfil epidemiológico reforça a necessidade de ações territoriais específicas, articuladas com a realidade de cada região.

Entre os principais sintomas deste tipo de Leishmaniose em humanos estão febre persistente por mais de sete dias, fraqueza, perda de apetite, emagrecimento e aumento do abdômen motivado pelo crescimento do fígado e do baço.

A leishmaniose visceral também pode ser diagnosticada em cães. Neles, os sinais clínicos mais comuns são apatia, queda de pelos, lesões de pele, conjuntivite, emagrecimento e crescimento anormal das unhas.

Os cães são considerados os principais reservatórios domésticos do parasita e têm papel importante na cadeia de transmissão da doença.

A leishmaniose do tipo tegumentar (LT), por sua vez, é causada por diferentes espécies de protozoários do gênero Leishmania e acomete principalmente a pele e as mucosas.

A transmissão também ocorre pela picada de insetos flebotomíneo infectados, porém sua frequência é maior em áreas de mata. As lesões de pele podem ser únicas ou múltiplas, com aspecto ulcerado e geralmente não causam dores. A doença pode comprometer ainda regiões como o nariz, boca e garganta.

Ações

As ações de prevenção da leishmaniose estão diretamente ligadas ao controle do vetor que transmite a doença. Entre as medidas mais recomendadas estão: manter quintais limpos e livres de matéria orgânica, como folhas e fezes de animais; instalar telas em portas e janelas; construir galinheiros e abrigos de animais domésticos distante da residência; podar os galhos das árvores das árvores para deixar o quintal ensolarado; varrer os quintais recolhendo as folhas e frutos; dar o destino adequado ao lixo orgânico; usar roupas de manga comprida e repelentes em áreas de mata; e proteger os cães com coleiras repelentes.

Em áreas com ocorrência da doença, é fundamental permitir o acesso das equipes de saúde para testagem dos animais e monitoramento dos casos.

 

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