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Manifestação

Mães atípicas realizam ato no Recife contra reavaliações do BPC

Manifestantes denunciam dificuldades para realizar a reavaliação dos benefícios, demora nos atendimentos, além de cortados de alguns BPCs após reavaliações da deficiências dos filhos, algo que, segundo elas, seria algo ilegal.

Bartô Leonel

Publicado: 12/08/2025 às 13:39

Ato aconteceu no Recife /Divulgação

Ato aconteceu no Recife (Divulgação )

Associações e grupos de mães atípicas realizaram, na manhã desta terça-feira (12), uma passeata nas ruas dos bairro da Boa vista, área central do Recife, contra à Medida Provisória n° 1.296/2025, que visa reavaliar das revisar alguns benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), incluindo o Benefício de Prestação Continuada (BPC).

O ato, que aconteceu em várias capitais do país, teve concentração no Parque 13 de Maio e seguiu para a frente da Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco (Alepe).

As manifestantes denunciam dificuldades para realizar a reavaliação dos benefícios, demora nos atendimentos, além de cortados de alguns BPCs após reavaliações da deficiências dos filhos, algo que, segundo elas, seria algo ilegal.

Além do ato, as manifestantes entregaram um documento, assinado por 19 associações e grupos de mães atípicas, na Alepe, solicitando uma articulação com as bancadas estaduais, a fim de defender essa pauta junto à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal.

Além disso, as manifestantes solicitaram uma marcação de uma audiência pública na Alepe com a presença de organizações de mães atípicas, com representantes estaduais do INSS e o Ministério Público de Pernambuco (MPPE)

“Solicitamos o fim imediato das revisões arbitrárias e ilegais do BPC, que questionam a deficiência dos beneficiários; capacitação técnica de equipes do INSS para que as avaliações dos segurados da assistência social sejam realizadas de forma mais precisa, respeitando a complexidade da deficiência; modificação dos critérios de avaliação de vulnerabilidade social, buscando uma padronização mais justa e alinhada às realidades da famílias”, diz trecho do documento entregue à Alepe.

O ato também contou com a participação da vereadora do Recife e mãe atípica, Liana Cirne, que se mostrou preocupada com esse “enfraquecimento”das conquistas obtidas pelas mães atípicas

“Várias mães denunciam que, durante a revisão do INSS, benefícios estão sendo cortados, inclusive o reconhecimento da própria condição de deficiência, atestada por laudos médicos. Entendemos que a legislação não está sendo cumprida e que as famílias atípicas continuam sofrendo humilhações, mesmo após toda a luta para conquistar o benefício.Precisamos avançar com medidas de proteção ao BPC, e não enfraquecer as conquistas obtidas”, enfatizou.

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