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NAUFRÁGIO

Dois meses após naufrágio, mãe de advogada que morreu desabafa: "É um vazio que não cabe em mim"

Maria Eduarda morreu no dia 21 de junho, após o naufrágio de um veleiro na Praia de Suape, no Cabo de Santo Agostinho

Larissa Aguiar

Publicado: 21/08/2025 às 14:59

Dois meses após naufrágio em Suape, mãe de advogada desabafa:

Dois meses após naufrágio em Suape, mãe de advogada desabafa: "É um vazio que não cabe em mim" (Reprodução/Redes Sociais)

Dois meses após o naufrágio do barco que vitimou a advogada pernambucana Maria Eduarda Medeiros, de 38 anos, a família ainda enfrenta a dor da perda. Em uma mensagem, a mãe da jovem, a médica Graça Medeiros, relembrou a ausência da filha e descreveu o luto como um “silêncio que grita”.

“É um vazio que não cabe em mim. Dois meses que não recebo teus áudios, que não sinto teu cheiro, que não ouço teu incentivo para eu me cuidar. Como seguir amputada de você e ainda sangrando por dentro?”, escreveu a médica, em homenagem publicada nesta quinta-feira (21).

Maria Eduarda morreu no dia 21 de junho, após o naufrágio de um barco na Praia de Suape, no Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife. Ela estava acompanhada do namorado, o médico urologista Seráfico Júnior, e da cadela de estimação do casal, Belinha. O médico conseguiu se salvar após nadar por cerca de duas horas, mas relatou ter perdido a companheira de vista em meio a ondas fortes.

O corpo da advogada foi encontrado quatro dias depois, na Praia de Calhetas, também no Cabo, após intensas buscas do Corpo de Bombeiros e da Marinha. A Polícia Científica de Pernambuco concluiu que a causa da morte foi asfixia direta por afogamento, sem indícios de violência.

O laudo do Instituto de Medicina Legal (IML) apontou sinais compatíveis com o afogamento, como presença de água e areia nas vias respiratórias e infiltração hemorrágica no crânio, conhecida como sinal de Niles.

Apesar da confirmação pericial, a Justiça negou o pedido da família para a cremação do corpo, alegando que a declaração de óbito não substituía o laudo tanatoscópico oficial.

As investigações sobre as circunstâncias do acidente seguem em andamento, conduzidas pela Delegacia de Porto de Galinhas e pela Marinha do Brasil.

 

 

 

 

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