GUERRA
Rússia garante que Irã não quer escalar conflito no Oriente Médio
O presidente iraniano Ebrahim Raisi disse ao líder russo Vladimir Putin que o ataque a Israel foi limitado
Por: Isabel Alvarez
Publicado em: 17/04/2024 17:08
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| Kremlin pediu que Tel Aviv e Teerã resolvam todas as diferenças através do diálogo (Foto: Pixabay) |
Em uma reunião por videoconferência entre o líder da Rússia, Vladimir Putin, e o presidente iraniano, Ebrahim Raisi, os dois chefes de Estado afirmaram que não querem uma escalada de tensão no Oriente Médio.
Segundo um comunicado da presidência russa, Raisi disse a Putin que o ataque a Israel foi limitado e que Teerã não quer ampliar o conflito do Oriente Médio. "Ebrahim Raisi sublinhou que o Irã foi forçado a tomar estas medidas, que eram de natureza limitada. Ao mesmo tempo, destacou que Teerã não está interessado numa nova escalada de tensão", disse o Kremlin.
Os dois líderes também disseram, de acordo com o governo russo, que a principal causa dos atuais desenvolvimentos no Oriente Médio é a falta de uma solução para o conflito entre Israel e palestinos.
A Rússia e o Irã reiteraram a posição a favor de um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza para aliviar a situação da população local e criar as condições necessárias para uma solução política e diplomática para a crise.
Na reunião, Putin ainda apelou à contenção e advertiu para as consequências catastróficas de qualquer nova escalada.
O Kremlin pediu que Tel Aviv e Teerã resolvam todas as diferenças através do diálogo. "Apelamos à contenção de todos os países da região. Uma nova escalada não serve os interesses de ambos os países. Vladimir Putin expressou a esperança de que todas as partes demonstrem moderação razoável e evitem uma nova onda de confrontos que teria consequências catastróficas para toda a região”, apontou Dmitry Peskov, porta-voz presidencial da Rússia.
Sobre as relações russo-iranianas, foi manifestado o objetivo mútuo de aumentar um a cooperação bilateral em várias esferas.
A Rússia ainda criticou no último domingo que o Conselho de Segurança da ONU não tenha sido capaz de reagir adequadamente ao ataque à missão consular iraniana, na Síria, devido à posição e pressão do Ocidente.
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