A-ha teletransporta aos anos 1980 o público no Recife

Publicado em: 14/07/2022 14:33 | Atualizado em: 14/07/2022 16:19

 (Pipo Fontes/Agência Hangout)
Pipo Fontes/Agência Hangout

Como numa máquina do tempo, os milhares de fãs da banda norueguesa A-ha foram "teletransportados" às décadas de 80 e 90 num passeio nostálgico pelo som da juventude, discotecas, MTV e tantas outras lembranças. Conduzido por Morten Harket (vocais), Paul Waaktaar-Savoy (guitarra) e Magne Furuholmen (teclados e sintetizadores), o público cantou, dançou (nem tanto, por falta de espaço) e registrou momentos na memória e no smartphone por mais de uma hora e meia. Foi numa noite de quarta-feira e, mesmo assim, o Classic Hall estava lotado.

Os ingressos esgotaram ainda em novembro - em apenas quatro dias, segundo a assessoria de imprensa da casa - para a apresentação marcada para 10 março, mas adiada para ontem, em virtude do crescimento nos números da pandemia. A banda agora faz show em Salvador, na Arena Fonte Nova, nesta sexta-feira. Depois segue para São Paulo (18 e 19), Rio de Janeiro (21), Belo Horizonte (22) e, por fim, Curitiba (25).

 (Pipo Fontes/Agência Hangout)
Pipo Fontes/Agência Hangout

O setlist teve 19 músicas. Entre os hits, faltaram Scoundrel days, Stay on these roads, You are the one e Touchy!, mas tudo bem. Isso porque a turnê tem um mote especial: Play Hunting High and Low Live, a tour de 35 anos (agora 37) do disco de estreia. E que estreia! Pois nele estão a potente canção homônima, cantada a plenos pulmões e à capela pela plateia, The sun always shines on T.V. e o maior sucesso do grupo, Take on me. Os acordes dessa faixa remetem logo ao clipe de animação de esboços a lápis, a técnica da rotoscopia, que rendeu seis prêmios no MTV Video Music Awards de 1986.

 (Divulgação)
Divulgação

Foi o terceiro show do A-ha em Pernambuco em 12 anos, todas as três no Classic Hall - as outras foram em 2015 e 2010. Antes disso, uma única vez, na épica noite de 2 de junho de 1991, no Ginásio de Esportes Geraldo Magalhães, o Geraldão, na Imbiribeira, seis anos após o lançamento de Hunting high and low (1985). Ainda no auge, o grupo tinha acabado de lançar o quarto disco, East of the sun, west of the moon (1990) - álbum da canção Sycamore leaves, que abriu o show de ontem, e Crying in the rain, primeiro hit da noite.

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Na primeira parte do show, também teve a recém-lançada Forest for the trees. Depois, veio o bloco do Hunting high and low, com todas as dez músicas do álbum executadas. O repertório ainda contemplou Cry wolf, I've been losing you, The swing of things e We're looking for the whales, do disco Scoundrel days (1986), The living daylights (do disco homônimo, de 1987) e The blood that moves the body, do Stay on these roads (1988).

Ao final do show, o A-ha se despediu com a bandeira do Brasil, projetada nos dois grandes telões. Foi quando muitos gritaram “mito, mito!”, em reverência ao presidente Jair Bolsonaro, e outros muito mais responderam com vaias. Possivelmente, os noruegueses ali no palco não perceberam o que aquilo significava. Era a hora do público sair da máquina do tempo e voltar à realidade.

Setlist

1. Sycamore leaves
2. The swing of things
3. Crying in the rain
4. Forest for the trees
5. Train of thought
6. Hunting high and low
7. The blue sky
8. Living a boy's adventure tale
9. The sun always shines on T.V.
10. And you tell me
11. Love is reason
12. I dream myself alive
13. Here I stand and face the rain
14. The blood that moves the body
15. We're looking for the whales
16. Cry wolf
17. I've been losing you
18. The living daylights
19. Take on me
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